ALESSANDRA BARBOSA 

Foto: Jose Medeiros

As instituições que representam as federações, associações e centros espiritas de Mato Grosso promovem, neste sábado (23), a partir das 08h, o segundo o ritual de Lavagem das Escadarias do Rosário e São Benedito, trazendo como tema central “Axé – Salve as Águas”. O evento conta com o apoio da Prefeitura de Cuiabá, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo.

A celebração afro propõe unir a cultura e a religiosidade, com a pretensão de exaltar referências africanas mato-grossenses, com a participação de religiões de matrizes africanas e com as comunidades quilombolas. A comissão de organização acredita dobrar o público em relação ao ano anterior, com a vinda de caravanas do Rio de Janeiro, Salvador, Campo Grande, Maranhão e do interior do estado, de municípios como Rondonópolis, Cáceres, Várzea Grande, Poconé entre outros.

A cerimônia será marcada por fogos de artifício embalados por cânticos sagrados, perfumado por flores, águas de cheiros e demais adereços. “Este ano, a energização da água da lavagem que vai na ‘quartinha’ (recipiente utilizado pelas mães de santo) fará uma referência às mulheres. Acreditamos superar a expectativa do público com a beleza do nosso ritual e ainda teremos algumas surpresas”, conta Onilce Santana, presidente da Associação da Umbanda de Mato Grosso – Assumat. 

De acordo com a organização, personalidades ilustres do movimento negro farão parte da festa, como o senhor Antônio Mulato, o mais antigo remanescente quilombola da comunidade de Mata Cavalo e o representante do Ministério da Cultura, o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira.

O evento também consolida a solidariedade, o respeito às diferenças, o combate ao racismo e a discriminação, tornando-o um ritual responsável pela união entre diferentes crenças religiosas - objetivando a paz entre todos os povos.

Fazem parte da Comissão: Associação da Umbanda de mato Grosso – Assumat – Presidente Mãe Onilce Santana; Associação de Cultura Afro de Candomblé e Umbanda Várzea-grandense – Acacuv – Presidente Pai Paulo de Oxumaré; e Grupo Cultural Kuntakité – Presidente Lindisey Catarina de Sá. 

Serviço

Assunto: Lavagem das Escadarias do rosário e São Benedito

Data: Sábado, 23 de Junho

Horário: A partir das 08h

Local: Igreja do Rosário e São Benedito

ALESSANDRA BARBOSA 

Foto: Sicom

Uma das praças mais antigas e tradicionais da cuiabania vai realizar o seu “24º Arraia da Mandioca”, organizado pela a Associação dos Moradores da Praça da Mandioca – AMAPM, nesta sexta-feira (22). A festividade começa às 6h com a queima de fogos, missa solene e levantamento do mastro. O evento conta com o apoio cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo.  

Os festejos comemorativos em homenagem ao venerado padroeiro São João Batista demonstram a grandeza da religiosidade dos moradores, comerciantes e frequentadores da Praça.

O “Arraiá da Mandioca” é uma festa junina de caráter turístico e cultural, realizada há 24 anos na Praça conde de Azambuza, a Praça da Mandioca, no Centro histórico da Capital. No local, a parte gastronômica do evento fica por conta dos comerciantes, que vão servir comidas típicas cuiabanas, trazendo em seus cardápios delícias que vão encantar o paladar dos frequentadores.

A animação da festa será conduzida pela quadrilha do Colégio São Gonçalo, além da apresentação cultural do Grupo Flor Atalaia e do show da banda Signus. Toda a decoração é realizada pela associação, trabalhada com materiais encontrados na nossa região.

Confira a programação:

06h - Queima de Fogos

06h30 - Procissão

07h - Missa Solene e Levantamento de Mastro na Praça

08h - “Tchá co Bolo”

20h - Reinício da Festa – quadrilha – apresentação cultural - show

ALESSANDRA BARBOSA 

Foto: Mário Friedlander

O Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc) abriu suas portas nesta terça-feira (19) para receber o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, além de representantes do movimento negro - atendendo ao convite do secretário municipal de Cultura, Esporte e Turismo, Francisco Vuolo, e do secretário-adjunto de Cultura, Justino Astrevo.  O objetivo do encontro foi propor à Fundação ações de promoção de políticas públicas em favor da memória do povo negro, que também, deixou sua marca em Cuiabá. O evento contou com a participação da superintendente Amélia Hirata, do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional – IPHAN.

A Prefeitura de Cuiabá vem trabalhando para a união dos povos de todas as raças, credos e tradições, para que tenhamos uma cidade habitada por uma sociedade justa, que respeite as diferenças e tenha orgulho de suas raízes. Para isso, vem atuando em atividades que reverenciem todas as nações, inclusive as africanas. Partindo da premissa da humanização, o prefeito Emanuel Pinheiro tem aberto espaços para expressão de todas as culturas, por meio de ações realizadas pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo como, por exemplo, a primeira Lavagem da Escadaria do Rosário e São Benedito. No decorrer do ano, cursos e seminários foram ministrados e no dia Internacional da Consciência Negra foi realizado um evento intitulado “Kwanzza”.

“Tudo que foi colocado pelo presidente vem ao encontro do que estamos construindo em Cuiabá, além de compreender também uma determinação expressa do prefeito Emanuel Pinheiro, de valorizar a diversidade cultural do nosso povo e de nossa origens. Tanto que junto ao movimento negro,realizamos o Kwanzza e abraçamos a Lavagem das Escadarias, duas iniciativas que também serão realizadas ainda este ano, fazendo parte do calendário oficial do município. A vinda da Fundação Palmares à Cuiabá - com a missão de estreitar os laços, aliada ao Iphan, que é um dos nossos maiores parceiros no resgate da nossa história, é motivo de muito orgulho” destacou Vuolo.

Vuolo aproveitou o momento para lançar um desafio à Fundação Palmares para as comemorações dos 300 de anos de Cuiabá, tendo em vista que o surgimento da Capital, também veio do ciclo do ouro, dos escravos e se deve muito ao trabalho do negro. “Penso que juntos poderíamos elaborar um belo projeto para as festividades de aniversário. E não há como planejá-lo, sem firmarmos um compromisso entre a Prefeitura, Palmares, Iphan e o Instituto Maria Mendes do Congo”, afirmou.

O movimento negro cuiabano vem buscado uma aproximação com a fundação há algum tempo, com o propósito de que seja criada uma extensão da instituição em Cuiabá. “Acredito que se tivéssemos um braço da Palmares aqui, conseguiríamos mais investimentos para estimular a cultura, por meio de ações e atividades das mais diversas” disse Lindisey Catarina de Sá, representante do grupo cultural Kunta Kinté.

Para a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional IPHAN, Amélia Hirata, a aproximação da Fundação Palmares com o município será de grande valia, tendo em vista que o instituto, assim como o IPhan, também prioriza o patrimônio cultural. “Os hábitos, comportamentos e costumes da cultura negra fazem parte de um patrimônio imaterial que deve ser preservado. Vai ser muito bom tê-los por perto” afirma Amélia.

O presidente Erivaldo, satisfeito com a reunião, assegurou que não irá medir esforços para que Cuiabá seja contemplada com recursos que promovam a igualdade social. O representante ainda ressaltou que é necessário manter um ideal, baseado na construção coletiva, para que a sua gestão seja focada no resultado.

“Um povo sem memória ainda não nasceu. A memória é a grande arma de um povo. Não adianta uma parcela da sociedade querer acabar com entidades como o Iphan e a Fundação Palmares que não vão conseguir, porque trabalhamos com a história de uma nação. Quando me disseram que querem fazer o segundo ‘Kwanzza’, isso só reforçou o meu respeito por esta cidade, porque a Palmares existe para desenvolver políticas públicas. Esse evento é de suma importância para todos nós, porque com ele podemos trazer palestras, seminários e debates gerando uma nova memória coletiva, levando as pessoas à reflexão sobre a raça e sua historiecidade”, ressalta o presidente.

A Fundação Cultural Palmares apoia projetos voltados para a promoção, preservação, proteção e difusão dos valores sociais, econômicos, culturais das comunidades tradicionais de terreiro e quilombos e seus recursos financeiros são oriundos de editais, chamamentos públicos e convênios. A instituição atua em três eixos fundamentais para promover a inclusão da população afro-brasileira no rol de direitos previsto pela Constituição: o social, o cultural,e o de gestão da informação.

Depois de ficar travada por vários meses na Câmara Federal, a proposta da reforma tributária deverá seguir para votação dos parlamentares em aproximadamente um mês, conforme acredita o relator do projeto, deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

Em reunião com o parlamentar nesta quarta-feira (20.06), na Câmara Federal, em Brasília, representantes da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) e das Associações Comerciais e Empresariais de vários municípios do estado reiteraram o apoio ao projeto. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), líder do partido na Câmara Federal e grande articulista da reforma tributária, também participou da agenda.

"Procuramos os deputados em Brasília justamente para dar apoio a essa reforma que é fundamental para o Brasil. Os empresários não aguentam mais pagar impostos, temos que discutir profundamente o assunto, a fim de encontrar soluções concretas. Agradecemos a disponibilidade dos deputados em nos atender", disse o presidente da Facmat, Jonas Alves, ao enfatizar a importância das Associações Comerciais em todo o processo de mobilização de aprovação da reforma.

Segundo Alves, a reforma tributária vai simplificar o sistema e reduzir a burocracia, facilitando a vida das empresas em relação às obrigações tributárias. “É necessário simplificar os processos de declaração e pagamentos de tributos, principalmente para as empresas de menor porte”, afirmou o presidente da Facmat.

A proposta da reforma tributária busca uma simplificação da cobrança de impostos, com a substituição de diversos deles por tributo único. Mas, o relator promete que outro efeito da medida será a diminuição da carga a partir do combate ao que ele chama de males do sistema tributário, entre os quais o excesso de renúncia fiscal, a sonegação e os altos custos da burocracia.

"Não podemos deixar para 2019 a aprovação da reforma, o Brasil não vai suportar esperar mais. A mobilização dos caminhoneiros acabou por acelerar as discussões", declarou o deputado. Hauly defende uma mobilização nacional das entidades setoriais para reforçar o tema no Congresso Nacional.

"O sistema tributário que temos matou as empresas. É um amontado de coisas que o transformaram num manicômio tributário", enfatizou o parlamentar, ao concluir que a reforma tributária é um importante mecanismo para alavancar o crescimento econômico do país.

Participaram da reunião em Brasília representantes das Associações Comerciais e Empresariais de Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande, Sinop, Primavera do Leste, Barra do Bugres, Tangará da Serra, Guarantã do Norte, Alto Araguaia e Colíder.

Foto: Assessoria