Devido à meta atingida, a campanha não será prorrogada na Capital
OZIANE RODRIGUES
foto: Davi Valle
A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS) encerrou a Campanha Nacional de Vacinação na última quinta-feira (21). Alinhada com o calendário nacional, a Capital iniciou a campanha que visa prevenir os três tipos de Influenza: Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B no dia 23 de abril com previsão para encerrar no dia 1º de junho, entretanto, devido à greve dos caminhoneiros, manteve a vacinação por mais 20 dias.
De acordo com o Responsável Técnico pela Imunização na SMS, Wellington Assunção, nestes quase dois meses de vacinação, Cuiabá seguiu a estratégia usada em todo o país e conseguiu vacinar 93,55% dos 126 mil cuiabanos tidos como prioritários e de risco.
“Mobilizamos todas as salas de vacinas de Cuiabá, incluindo a Zona Rural, e conseguimos ultrapassar a meta inicial de 90% ao vacinarmos 93,55% do nosso público prioritário e de risco. Ou seja, dos 126 mil idosos, gestantes, crianças com idades entre seis meses e 05 anos, trabalhadores da saúde, professores, puérperas (mulheres cujo parto ocorreu há até 45 dias) adolescentes e adultos privados de liberdade, imunizamos 117.873 pessoas. Um verdadeiro sucesso” ressaltou Assunção.
Das 117.873 pessoas vacinadas, os três grupos que tiveram maior cobertura foram os dos professores com 147,71%, das mulheres pós-parto (puérperas), 119,46% e dos idosos, com 112,98%. Houve baixa procura no grupo das gestantes com 60,49% e das crianças com 67,33%.
Conforme o RT, devido à meta atingida, Cuiabá não prorrogará a campanha para os demais públicos. “As únicas doses que ainda estão disponíveis nos postos de vacinação estão reservadas às crianças que deverão retornar para realizar a segunda dose. Dessa forma, diferente de outros municípios que não atingiram a meta dos 90% de vacinação, nossa Campanha não será prorrogada”, finalizou.
A definição do público alvo segue critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de estudos epidemiológicos.
Em Mato Grosso, já são 11 mortes ligadas à doença somente em 2018
O Serviço Social da Indústria (Sesi MT) vacinará, até julho, mais de 20 mil trabalhadores em Mato Grosso contra a gripe H1N1. A campanha, realizada anualmente desde 2012, já vacinou mais de 150 mil pessoas contra a doença, responsável por 11 mortes no estado, somente neste ano, conforme os últimos dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT).
A vacina oferecida pelo Sesi é quadrivalente, atua por 12 meses e pode ser aplicada em crianças a partir de três anos. A contraindicação é somente para pessoas que tiveram reação alérgica grave com uma dose anterior, que têm alergia ao ovo ou estejam com a imunidade baixa. Pessoas com febre ou alguma virose devem adiar a aplicação.
A imunização é eficaz contra o vírus A (H1N1); A (H3N2) e 2 vírus Influenza B (subtipos Brisbane e Phuket), mas leva cerca de três semanas para atuar. Por isso, até mesmo após a vacinação, é importante tomar outras medidas para evitar a transmissão do vírus Influenza, como lavar a mão constantemente, utilizar álcool em gel e evitar aglomerações.
De acordo com a superintendente do Sesi MT, Lélia Brun, após o Sistema Único de Saúde (SUS), que atende grupos prioritários, a instituição é a que mais vacina em todo o país. “A Campanha de Vacinação do Sesi tem o objetivo de proteger os trabalhadores da indústria e dependentes desta doença que é tão séria e pode ser prevenida com uma única dose, aliada a outros cuidados. Assim, garantimos a qualidade de vida do trabalhador e reduzimos o absenteísmo”, afirma.
Sintomas e transmissão
O Ministério da Saúde alerta que a influenza é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Entre os sintomas estão febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios como tosse seca, dor de garganta e coriza.
A Influenza pode ser transmitida de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar, ou por meio indireto pelas mãos, que podem carregar o vírus diretamente para a boca, nariz e olhos.
Para saber mais, ligue 0800 642 1600 ou fale por meio do WhatsApp (65) 99695-5415.
Mais restaurantes contarão com o McDelivery
Você não precisa mais assistir aos jogos da Copa do Mundo da FIFA acompanhado somente pelo trio pipoca-amendoim-churrasco. O McDonald’s aproveitou o maior evento esportivo do planeta para ampliar a sua plataforma de entregas em domicílio e atender aos milhares de consumidores que buscam por conveniência, agilidade e praticidade. O McDelivery agora está disponível no aplicativo da marca e também nos aplicativos iFood e UberEats*, aumentando as áreas atendidas nacionalmente pelo serviço de entrega do McDonald’s, que já tem cerca de 200 restaurantes contemplados pela novidade.
“Historicamente as pessoas acompanham os jogos da Copa do Mundo em casa, com a família e os amigos. A nossa ideia é ampliar a conveniência e atender o consumidor que nessa hora não quer se deslocar para fazer uma refeição. A comodidade se estende às opções oferecidas já na hora do pedido, que pode ser feito pelo nosso aplicativo, que foi atualizado para atender as necessidades específicas dos nossos clientes, aliando agilidade e tecnologia”, afirma Roberto Gnypek, Vice-Presidente de Marketing do McDonald’s Brasil.
O aplicativo McDonald’s App está disponível para ser baixado nos dispositivos Android e IOS.
*Consulte restaurantes participantes em cada uma das plataformas de entrega ou no aplicativo da marca.
Sobre a Arcos Dorados
A Arcos Dorados é a maior franquia independente do McDonald’s do mundo, tanto em vendas totais do sistema como em número de restaurantes. A Companhia é a maior rede de serviço rápido de alimentação da América Latina e Caribe, com direitos exclusivos de possuir, operar e conceder franquias de restaurantes McDonald’s em 20 países e territórios, incluindo Argentina, Aruba, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Curaçao, Equador, Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, México, Panamá, Peru, Porto Rico, St. Croix, St. Thomas, Trinidad & Tobago, Uruguai e Venezuela. A Companhia opera ou franqueia mais de 2.180 restaurantes McDonald’s com mais de 90.000 funcionários e é reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar no América Latina. A Arcos Dorados está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE: ARCO). Para saber mais sobre a Companhia visite a seção de Investidores de nosso site: www.arcosdorados.com/ir
Daniela Torezzan - Assessoria de Comunicação do Cipem
Desde 1980, uma área de aproximadamente 51 mil hectares de floresta nativa encravada na região norte de Mato Grosso na divisa dos municípios de Sinop e Tabaporã está sendo conservada pela Fazenda Sinopema, através do manejo florestal sustentável. No local, todas as etapas de colheita das árvores maduras são cuidadosamente estudadas, planejadas e executadas. Além de seguir rigorosamente a legislação ambiental, atendendo aos dispositivos que garantam a manutenção da floresta em pé, a preocupação com a regeneração natural das áreas que passaram por intervenção, o que garante também a sustentabilidade do negócio, é um dos principais pontos observados. A prova disso é que a propriedade já possui áreas aptas a passarem por uma segunda colheita de árvores cerca de 25 anos depois da primeira. “Se não estivéssemos aqui, tudo isso já tinha virado outra coisa”, ressalta um dos proprietários do condomínio empresarial familiar que administra o negócio, sr. Luiz Carlos Fávero, referindo-se à expansão de cultivos agrícolas que contorna, como um mosaico, os limites da fazenda. De fato, tanto as imagens de satélite quanto a paisagem de quem percorre a região, expõem um contraste inequívoco entre a propriedade que desenvolve o manejo sustentável da floresta e as outras que transformaram as áreas para cultivos diversos.
Embora o senso comum dificulte a visualização, pelo menos imediata, de que a colheita de árvores para fins comerciais possa ser sinônimo de conservação da floresta, outro aspecto extremamente marcante chama a atenção, antes mesmo de tentarmos questionar esse conceito. Por volta das 13h de um dia qualquer, uma vara com cerca de 30 porcos do mato (conhecidos na região como queixadas) chega bem perto da sede da fazenda. Isso se repete em variadas horas e dias, alternando entre onças, veados, quatis, aves e outras espécies típicas da região norte mato-grossense, demonstrando a diversidade de fauna característica de uma floresta conservada.
O manejo da área está sob responsabilidade técnica da engenheira florestal Angeli Katiucia, que controla todos os detalhes desde a etapa de inventariado, licenciamento e desenvolvimento das atividades. Ao todo são empregadas 18 pessoas diretamente no trabalho diário. Outras dezenas se envolvem no processo ao longo da cadeia de produção. Apenas em 2017, saíram da fazenda, para oito indústrias da região, em torno de 58 mil metros cúbicos de madeira, sendo as principais espécies Amescla, Angelim-pedra, Cambará, Cedrinho, Cumaru, Cupiúba, Itaúba, Garapeira e Peroba-Mica.
De acordo com a engenheira, tudo é feito para diminuir o impacto na floresta, desde a escolha do local onde a árvore irá cair, passando pelo caminho que o trator (denominado skidder) percorrerá para retirá-la, as rotas de estradas até a esplanada onde será carregada e depois embarcada para transporte. “A escolha da árvore, o trabalhado durante a colheita e a medição são planejados para garantir, também, o total aproveitamento da matéria-prima”, explicou. Todo o processo, segundo ela, é controlado por planilhas e softwares que indicam cada etapa percorrida, marcados com pontos coloridos no mapa. “Com isso conseguimos determinar a localização geoespacial das árvores, garantindo a chamada cadeia de custódia”, reforçou.
A legalidade
A necessidade dessa atenção é endossada pela superintendente de gestão florestal da Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), Suely Fátima Menegon Bertoldi. “É indispensável que a prática seja coerente com a documentação, ou seja, que o demonstrado no plano de manejo seja o executado na floresta. E aqui vemos isso funcionar com muita eficiência”, ressaltou.
Contudo, o manejo florestal é uma atividade que está longe de ser simples. A realidade é bastante complexa e envolve um arcabouço de legislações, permeadas de exigências e detalhes com as quais, qualquer descuido ou falha humana pode resultar em embargos, multas e processos criminais. Além disso, a autorização e a fiscalização da atividade, seja para colheita, transporte ou comercialização são realizadas, em Mato Grosso, por pelo menos quatro órgãos governamentais diferentes: Sema-MT, Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e Polícia Rodoviária Federal. Os Ministérios Públicos (MPs) Estadual e Federal também participam do processo quando o assunto é o atendimento à legislação.
Motivado por esse universo que envolve o setor de base florestal, o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), que representa oito sindicatos do setor no estado, juntamente com o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), realizaram um dia de campo dedicado à vivência na floresta. Para isso, reuniram, no último dia 20, na fazenda Sinopema, representantes dos MPs, Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), Associação Mato-grossense dos Engenheiros Florestais (Amef), Indea, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - Florestas, empresários, entre outros convidados, para vivenciar, na prática, um dia no manejo florestal.
A experiência, segundo o presidente do Cipem, Rafael Mason, caminha no sentido de abrir um diálogo franco com os órgãos reguladores e fiscalizadores, permitindo avanços no entendimento da atividade. “Nós queremos demonstrar que o setor está comprometido com a legalidade e não tem nada a esconder. Pelo contrário, queremos abrir as portas para que os órgãos governamentais e a sociedade saibam mais e possam entender o que significa conservar as florestas amazônicas através do manejo florestal sustentável”, revelou.
A estratégia foi saudada pelo diretor-geral do SFB, Raimundo Deusdará Filho, que registrou a necessidade de promover espaços para essa aproximação. “Essa é uma oportunidade real de vivenciarmos o desenvolvimento sustentável das florestas brasileiras. E o SFB tem tudo a ver com isso, pois tem, como missão, promover o conhecimento, o uso sustentável e a ampliação da cobertura florestal, tornando a agenda estratégica para a economia do país”, relembrou.
O secretário de Meio Ambiente do Estado, André Baby, registrou que o evento está inserido na agenda de governo, principalmente na estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), que tem como uma das metas, promover o aumento da área florestal sob manejo. “O estado de Mato Grosso possui 53% de seu território ocupado pela Amazônia e precisamos desenvolver agendas que conservem a floresta em pé, mas que também gerem desenvolvimento econômico e inclusão social”, refletiu.
Neste contexto, as instituições de pesquisa, como a Embrapa desempenham um papel importante, pois é delas que surgem resultados para melhorar as práticas do setor. “Os resultados obtidos também influenciam, positivamente, a construção de políticas públicas mais adequadas à realidade”, afirmou o pesquisador da Embrapa Florestas, doutor Evaldo Muñoz Braz.
Os efeitos da experiência em campo serão fundamentais na atuação do MPF, conforme relatou o procurador Pedro Melo Pouchain Ribeiro. “Sem dúvida, o que pudemos ver aqui nos auxilia a compor entendimentos que não seriam possíveis sem vivenciar essa prática. Isso contribui para atuarmos com maior precisão”, ponderou.
Outro operador do direito, o subprocurador de Defesa do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso, Cláudio José de Assis Filho, ratifica o entendimento e acrescenta: “Os resultados serão positivos para toda a sociedade”.
A qualificação de informações e as demonstrações práticas aos MPs são consideradas fundamentais, pois é pelos órgãos que passam os processos criminais resultantes de autuações. Além disso, os promotores e procuradores atuam com políticas públicas, podendo participar da construção de legislações ou no impedimento de sua efetivação. Muitas vezes, há um erro material, onde não há má fé ou sequer a tentativa de burlar a legalidade. Mas esse entendimento só é possível quando se conhecem os detalhes da operação. “Com certeza saímos daqui com uma visão mais completa do que é o manejo florestal”, pontuou o promotor de justiça de Sinop, Pompilio Paulo Azevedo Silva Neto.
Sobre o setor
A madeira de Mato grosso é oriunda de 3,2 milhões de hectares de florestas manejadas e a expectativa é de chegar a 6 milhões de hectares até 2030.
A atividade agrega mais de 5 mil produtores, sendo cerca de 1.800 indústrias e comércios que empregam cerca de 90 mil pessoas direta e indiretamente.
Ao todo, 44 municípios mato-grossenses têm como base econômica a atividade florestal, colocando o setor na 4ª posição no ranking da economia estadual.
Somente em 2017, o setor de base florestal arrecadou mais de 47 milhões de reais em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e mais de 16 milhões de reais para o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).
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