O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, anunciou nesta quinta-feira (02) que não permitirá o aumento na tarifa do transporte público da Capital neste ano. Isso porque, para ele, é preciso discutir, primeiramente, a necessidade de melhorias na qualidade do serviço prestado aos mais de 3,1 milhões de passageiros, entre pagantes e não pagantes, que andam de ônibus todos os meses.
Ao custo de R$ 3,60, a passagem de ônibus em Cuiabá é considerada uma das mais caras do país. O sistema de transporte público da capital conta, atualmente, com 398 ônibus. “O preço cobrado atualmente é muito caro em comparação com a baixa qualidade do serviço. Precisamos avaliar se estes ônibus possuem ar-condicionado, elevadores para cadeirantes e se são novos”, pontuou o prefeito.
O anúncio contrapõe a proposta feita pela Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (MTU). Apresentado nesta quinta, o pedido é um reajuste de R$ 0,43, o que elevaria a tarifa para R$ 4,03. Contudo, Emanuel lembrou que as empresas Pantanal, Norte Sul e Integração Transportes operam sob contrato emergencial. A última licitação foi realizada em 2004 e venceu em 2012. O atual contrato com as empresas tem validade até 2019. “Estamos estudando como faremos essa nova licitação”, revelou Pinheiro.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Antônio Joaquim, também entregou, nesta quinta-feira, o relatório de uma auditoria realizada pelo órgão de controle ao prefeito da Capital, que aponta para a necessidade da realização de melhorias no sistema de transporte público.
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Repórter: Hugo Fernandes
Foto: Marcos Vergueiro