De acordo com a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, (ICF), feita pela Confederação Nacional do Comércio e divulgada nesta terça-feira (16/08), o Nível de Confiança das Famílias com renda abaixo de dez salários mínimos mostrou melhora de 1% na comparação mensal (julho/agosto), e daquelas com renda acima de dez salários, o aumento do Nível de Confiança foi de 0,3%. Para as famílias mais ricas (acima de dez salários mínimos) a pontuação desse quesito (que avalia o nível de satisfação) é de 77 pontos numa escala de zero a 200. Já para as que tem renda menor que dez salários mínimo a pontuação é de 67,9.
O reflexo desse resultado nacional pode ser observado na capital de Mato Grosso, Cuiabá, onde o componente “Nível de Consumo Atual” apresentou aumento de 5,6 pontos no período de junho a agosto deste ano. Em junho a pontuação nesse quesito para famílias que recebem até dez salários mínimos era de 44,6 pontos. Em julho foi para 45,5 e em agosto chegou a 50,2 pontos. A Escala vai de zero a 200. Apesar do resultado ainda ser negativo por estar abaixo da zona de indiferença (100 pontos), é a terceira alta consecutiva em Cuiabá nesse componente da pesquisa, que avalia a satisfação das famílias quanto ao consumo atual.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado (Fecomércio-MT), Hermes Martins, essa pequena melhora sinaliza uma reação no comércio e a recuperação aos poucos do índice de confiança do consumidor. “O consumidor teve que aprender a viver na crise. Com isso está organizando as contas para conseguir comprar, mas sem cair na inadimplência. Esse consumo consciente faz com que ele se sinta mais confiante na hora de ir às compras”, pontua.
A expectativa da Fecomércio-MT é de que, com a estabilização da inflação, o comércio continue dando sinais de melhora.