Os consumidores ainda estão cautelosos na hora de ir às compras e somando-se a isso, o crédito restrito, o resultado não poderia ser outro: queda na Intenção de Consumo das Famílias. Em Cuiabá, o índice Geral mostrou queda de 1,7 pontos em janeiro (77,7pts), frente a dezembro quando o ICF registrou 79,4 pontos. Ambos os resultados demonstram insatisfação, já que o índice vai de 0 a 200, sendo 100 a fronteira entre satisfação e insatisfação.
O presidente da Fecomércio-MT, Hermes Martins, comentou os resultados. “A economia ainda está abalada com os reflexos de uma crise que atingiu o nosso país, no entanto, temos perspectivas melhores para 2017, do que tivemos nos últimos dois anos. Sabemos que é um processo que leva tempo. Temos um ano todo pela frente, e aguardamos a estabilização da economia para, a partir daí, vermos o comportamento do consumidor e do empresário voltar a ser otimista”.
A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta quarta-feira (18), pela Fecomércio-MT, mostra também um dado interessante. Para as famílias cuja a renda é superior a dez salários mínimos, a melhora na Intenção de Consumo em janeiro foi significativa. O ICF para essa parcela da população cuiabana passou de 82,2 pontos, para os atuais 93,9 pontos. São 11,7 pontos a mais de um mês para outro.
Situação atual Emprego em Cuiabá
Este subitem da pesquisa que mede a “Satisfação no Emprego Atual”, aponta que em Cuiabá, a pontuação permanece acima dos 100 pontos, tendo uma pequena variação negativa de dezembro para o mês atual. De 103,5 pontos em dezembro para 103,1 em janeiro. Para quem ganha acima de 10 salários mínimos o resultado apresentou mais otimismo: 127,7 pontos.
Situação do Brasil
O ICF nacional mostrou 76,2 pontos em janeiro de 2017, o resultado inferior à média cuiabana, e indica uma percepção de insatisfação com as condições correntes e, embora tenha se mantido estável na comparação mensal, apresentando uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para CNC, os indicadores de confiança estão registrando estabilidade, mas essa melhora ainda não foi efetivamente transformada em vendas, sobretudo devido ao custo elevado do crédito, ao desemprego e à queda da renda. A queda do número de trabalhadores com carteira assinada, a menor massa de rendimento e a alta taxa de juros contribuem para o recuo na venda de itens não essenciais como bens duráveis e semiduráveis. O consumidor está cauteloso, evitando criar dívidas, explica a assessora econômica da Confederação, Juliana Serapio.
Assessoria Fecomércio-MT