Pesquisa Peic: Famílias da capital contraíram mais dívidas em 2016

24
Janeiro

Pesquisa Peic: Famílias da capital contraíram mais dívidas em 2016

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Publicado em Economia

Apesar do ano turbulento economicamente, mais famílias cuiabanas contraíram dívidas em 2016. Na variação anual, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra um aumento de 8,3% na variação anual de janeiro de 2016 ao mesmo período de 2017, ou seja, mais de 17 mil famílias da capital se endividaram com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros.

A Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT) divulga os dados e acrescenta que no decorrer do ano, todos os outros subitens tiveram elevação, como os “Endividados com contas em atraso” e aqueles que “Não terão condições de pagar”, 6% e 3,3% respectivamente, no comparativo entre janeiro de 2016 para janeiro de 2017.

Para a Fecomércio-MT, tal situação revela que apesar do momento frágil da economia nacional, a população cuiabana fez mais dívidas e depois se viram em situação de não cumprimento dos débitos contraídos. “O país atravessa nos últimos dois anos uma situação complicada política e econômica. A elevação do desemprego, a inflação e os juros elevados têm deixado a população em uma situação de descontrole financeiro, o que requer muita atenção, para que as dívidas não virem uma bola de neve. O ideal agora para o consumidor é planejar o orçamento para conseguir pagar as parcelas em atraso”, explicou o presidente da entidade, Hermes Martins.

A pesquisa mostra também que o cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida dos cuiabanos, com 59,1%, seguido pelos carnês (39,5%), em terceiro pelo financiamento de carros (12,3%) e financiamento de casas (8,9%). Para as famílias que recebem acima de 10 salários mínimos (s.m.), a maior facilidade de acesso ao cartão de crédito eleva esse número para 72,8%, contra 27,2% do financiamento de carros e 24,7% dos carnês.

Em relação ao tempo de pagamento de dívidas em atraso, a Peic de Cuiabá mostra que houve diminuição de 10 dias se compararmos o mesmo período de janeiro de 2016 com janeiro atual. A média saiu de 66,2 dias em janeiro de 2016 para 56,3 dias em 2017.

Outro dado observado na pesquisa e que economistas consideram dentro da média é a parcela da renda comprometida com dívidas, que está em torno de 30%.

Andressa Boa Sorte
Assessora de Comunicação
Fecomércio-MT/Sesc/Senac

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