Temos vivido tempos em que, cada vez mais, a política interfere na economia. Nem sempre essa interferência é positiva, sendo na verdade, possível afirmar que, essa relação produz mais resultados negativos do que positivos.
Com a recente prisão do ex-presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva, vimos em redes sociais, uma enxurrada de manifestos em favor e também contra a prisão. O problema é que, alguns manifestantes pró e contra Lula, passaram a carimbar em notas de dinheiro, dizeres a favor e contra o ex-presidente.
Sobre isso, a Fecomércio vem a público esclarecer que, embora rasuradas, as notas não perdem seu valor comercial. Apesar disso, independentemente de uma opinião política e da mensagem escrita ou carimbada na nota, a Federação faz um alerta sobre os prejuízos que podem ser provocados com esses carimbos ou qualquer outro tipo de mensagem ou rasuras em notas da nossa moeda corrente.
De acordo com o Banco Central, as notas rasuradas são recolhidas assim que chegam nas unidades bancárias, e destruídas, para que seja feita a reimpressão de notas novas. O problema nisso, é que a reimpressão de notas gera custo.
Segundo o Banco Central do Brasil, (Bacen), a cédula de R$ 10, por exemplo, custa 1,8% do seu valor de face. Já para a cédula de R$ 5, o custo para impressão é de 3,6% do seu valor de face. Esse custo de produção de novas notas é pago com dinheiro público, por isso a importância em preservar as cédulas.
A Fecomércio reitera que não é contra manifestações. O caso em questão só está sendo mencionado, porque afeta diretamente receitas públicas.
Hermes Martins da Cunha
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso