O protótipo começa a operar em fase de testes na próxima semana em uma fazenda de Rondonópolis
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O algodoeiro é uma planta que precisa ser eliminada logo após a colheita pois, do contrário, continuará vegetando e servirá de hospedeiro de pragas e doenças. No entanto, eliminar as soqueiras de algodão (caules ou restos culturais da planta) ainda é um desafio para a maioria dos produtores. Em busca de uma solução econômica e viável, o Instituto Senai de Tecnologia (IST MT) desenvolveu um equipamento que pode resolver o problema. Trata-se de uma escarificadora-roçadeira que começa a operar em fase de teste na próxima semana.
A máquina visa remover caules de forma eficiente e com menor dano ao solo, picar os caules removidos e devolvê-los ao solo em forma de cobertura uniforme. Sua estrutura é robusta e de fácil manuseio, com sistema de acoplamento universal ao maquinário existente. É de baixo custo tanto na manutenção como em peças de reposição.
O equipamento desenvolvido dentro da estrutura do Senai Rondonópolis foi contemplado no Edital de Inovação de 2015 e, desde então, vem sendo desenvolvido com base na demanda da indústria Marcolan Vibrateknica, fabricante de máquinas de Rondonópolis.
A destruição destes restos culturais tornou-se prática obrigatória em 1953 e, a partir de 1993, por meio de portaria ministerial, foi repassada aos estados a incumbência de definir as datas limites para a permanência das soqueiras no campo.
Atualmente, a retirada das soqueiras é feita por vários meios, desde o arranquio manual das plantas que são amontoadas e queimadas, após secagem ao sol, até o uso de máquinas ou produtos químicos denominados de herbicidas. Sendo que o arranquio manual, seguido da queima torna-se inviável para grandes áreas, não só pela grande demanda de mão-de-obra, mas principalmente pelo elevado custo do processo.
De acordo com o técnico do Instituto Senai de Tecnologia, responsável pelo projeto, Valvite José Alípio Junior, o processo de retirada de soqueiras depende de várias ações e equipamentos trabalhando em conjunto, o que demanda tempo e recursos. “Com o protótipo, desenvolvido pela equipe do IST, será possível garantir eficiência e a redução significativa nos custos”. Também integra o projeto a consultora de Tecnologia e Inovação do Senai Rondonópolis, Naiara Galliani.