O programa “Cata-treco” continua avançando ao longo da capital mato-grossense. A ação de zeladoria da Prefeitura de Cuiabá que, somente em 2017, atendeu mais de 150 comunidades, fechou os quatro primeiros meses deste ano com cerca de 50 bairros contemplados. Por meio dessa iniciativa, o Município tem oferecido aos moradores cuiabanos a oportunidade de realizar o descarte de diversos tipos de materiais inservíveis, de forma segura e em conformidade com as leis ambientais brasileiras.
O atendimento ofertado pelo programa segue um planejamento montado com a colaboração das Associações de Moradores, os representes das comunidades fazem o agendamento da atividade na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos. A partir da oficialização da solicitação, a pasta dá andamento ao plano de atuação, que tem como base o princípio do atendimento universal as quatro regiões da cidade. Nesta semana, por exemplo, o trabalho já foi realizado no Grande Terceiro e São Mateus, segue nesta quarta-feira (09) no Jardim Umuarama, e será finalizado no sábado (12) no Recanto dos Pássaros.
“Basicamente, estamos passando toda semana em pelo menos três bairros diferentes. Com toda certeza esse é, atualmente, um dos programas de limpeza pública mais importantes para o nosso município. Ele tem uma grande contribuição, principalmente, na eliminação de bolsões de lixo, uma vez que a população atendida acaba ganhando uma opção para descartar com segurança e responsabilidade ambiental o seu objeto inservível. No fim, além de deixar a cidade mais bela, ainda evita a poluição dos nossos rios e áreas de preservação”, explica o secretário José Roberto Stopa.
De acordo com o secretário, a Prefeitura está buscando meios de ampliar o número de bairros atendidos neste ano. Ele destaca que uma das formas encontradas pelo Executivo para otimizar o serviço foi o investimento na aquisição de mais quatro novos caminhões, com previsão para ser finalizada ainda neste mês. Com a dobra na quantidade de veículos, Stopa ressalta que, consequentemente, a Secretaria irá aumentar a quantidade de trabalhadores, por meio de uma ação de redistribuição de equipes.
“Estamos licitando compra de quatro caminhões completamente remodelados, que irão garantir mais agilidade ao programa. Com os novos equipamentos, vamos potencializar e melhorar nossa produção, atendendo com mais eficiência os bairros de Cuiabá. Atualmente, contamos com quatro caminhões e vamos dobrar para oito. Isso possibilitará que possamos agendar e passar por todos os bairros no decorrer do ano”, completa o titular da pasta de Serviços Urbanos.
Segundo o diretor de Resíduos Sólidos, Anderson Matos, a meta da gestão municipal é permitir que a cidade consiga se desenvolver de maneira sustentável e tendo sempre como um dos focos a preservação ambiental. Ele lembra, por exemplo, que em 2017 Cuiabá conseguiu subir no ranking nacional de sustentabilidade e limpeza, saltando do nível baixo para o médio. Todavia, Matos destaca que tal objetivo somente será alcançado por meio de um trabalho em conjunto entre o Poder Público e toda a sociedade.
“Gradativamente estamos conseguindo evoluir na questão da limpeza e preservação ambiental. Uma boa parte disso se dá graças ao trabalho de educação ambiental que executamos, aliado a ações como a do Cata-treco. Estamos sempre buscando fazer a nossa parte e, ao mesmo tempo, dar a oportunidade para que o cidadão possa caminhar junto no propósito de manter a cidade bem cuidada. Por isso, queremos cada vez mais diminuir as possibilidades das pessoas descartarem irregularmente objetos como sofás, geladeiras, fogões, e vários outros que causam danos à natureza e também a saúde da população”, pontua o diretor.
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Repórter: Bruno Vicente
Fotos: Luiz Alves
OZIANE RODRIGUES
Davi Valle
Visando a eficácia da 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza no município de Cuiabá e, dessa forma, garantir a máxima imunização da população pertencente ao grupo prioritário, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que no dia 09 de maio a partir das 13h, bem como no decorrer dos dias 10 e 11 respectivamente, as unidades de saúde da Capital não administrarão doses de Influenza.
De acordo com o diretor da Vigilância em Saúde, Oscar Benedito Fernandes a medida é para a organização logística das salas de vacinação para a realização do ‘DIA D – 12 DE MAIO’.
“Nesses dois dias e meio, estaremos percorrendo todas as salas de vacinação, verificando a necessidade de reposição de cada uma e organizando a logística, visando, sobretudo o melhor acolhimento da população prioritária. Na data, todas as unidades retomam as aplicações das doses e seguem com as imunizações até 01 de junho, quando a campanha será encerrada em todo o país”, frisou o diretor.
CAMPANHA
A Secretaria de Saúde deu início à Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza no dia 23 de abril e seguirá até 1º de junho. Seguindo a estratégia usada em todo o país, a Capital pretende imunizar 90% dos 136 mil cuiabanos inseridos nos grupos tidos como prioritários e de risco - onde estão inseridos os idosos, gestantes, crianças com idades entre seis meses e 05 anos, trabalhadores da saúde, professores, povos indígenas, puérperas (mulheres cujo parto ocorreu em até 45 dias), adolescentes e adultos privados de liberdade.
A definição do público alvo segue critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e de estudos epidemiológicos. Segundo o Ministério da Saúde a vacina previne contra três tipos de influenza: influenza A H1N1, influenza A H3N2 e Influenza B.
ROBERTA PENHA
Davi Valle
Segundo a Portaria nº 1.139 do Ministério da Saúde, atividades coletivas como eventos culturais, esportivos, religiosos, comerciais, entre outros que apresentem um grande fluxo de pessoas precisam da atuação de órgãos de saúde pública para monitorar e controlar possíveis focos de propagação de doenças transmissíveis. A 13a Caravana da Transformação, que começou em 16 de abril e vai até 10 de maio na Arena Pantanal, tem contado com o trabalho das equipes de Vigilância em Saúde de Cuiabá, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS/SMS que se organizou, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, para monitorar o evento, instalando o CIOS - Centro Integrado de Operações em Saúde.
De acordo com a gestora do CIEVS/SMS, Moema Blatt, este trabalho da Vigilância em Saúde está sendo realizado na Arena Pantanal desde antes da Caravana da Transformação começar. “Instalamos o CIOS - Centro Integrado de Operações em Saúde, desde o período pré-evento, de 27 de março a 15 de abril, inicialmente no espaço da UVZ∕DIVISA com reuniões semanais para organizar as matrizes de ações e atribuições no pré-evento, durante o evento e o pós-evento. A partir de 16 de abril, o CIOS foi transferido para um espaço específico na Arena, ali permanecendo das 5h até a saída do último paciente”, revela Moema.
Ela explica que no CIOS se reúnem as equipes de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, saúde do trabalhador e CIEVS∕SMS, para que em percurso permanente no circuito da Caravana e em busca ativa de atendimentos realizados pelo SAMU e pela Policlínica do Verdão consigam evitar danos à saúde de todas as pessoas presentes em razão de algum possível foco propagador que possa existir.
O trabalho das equipes da Vigilância na Caravana consiste na fiscalização dos serviços de alimentação interno e externo, da alimentação fornecida aos pacientes de outros municípios, dos sanitários, das instalações dos procedimentos clínicos e cirúrgicos, da coleta de efluentes (esgoto), de resíduos comuns (lixo) e do serviço de saúde, da qualidade da água de consumo, sendo as inconformidades imediatamente comunicadas aos seus responsáveis.
A Unidade de Vigilância de Zoonoses fez uma intensificação de combate aos criadouros do Aedes aegypti no entorno da Arena Pantanal no período que antecedeu o evento e às sextas-feiras, já com o evento ocorrendo, realizou a exposição orientativa e de educação em saúde sobre animais sinantrópicos e a abordagem do mosquito da dengue aos que ali circulavam.
Moema ressalta que o monitoramento feito pelo CIOS, sob a coordenação do CIEVS-Cuiabá é uma atividade já realizada pela Vigilância em Saúde de Cuiabá desde 2012 juntamente com a Secretaria de Estado de Saúde, como preparação para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Pela primeira vez a natureza do evento monitorado é relacionada a procedimentos cirúrgicos, para um público alvo de idosos, requerendo atenção criteriosa por parte da área técnica, dada a vulnerabilidade das pessoas atendidas pela Caravana da Transformação.
“As estratégias adotadas pelos setores da Diretoria de Vigilância em Saúde em parceria com os técnicos da Secretaria de Estado de Saúde têm sido, até o momento, exitosas e consolidam um trabalho de pessoas compromissadas, parceiras e que representam a permanência da Vigilância em Saúde∕SUS diariamente, em todos os espaços e durante todo o funcionamento dos serviços, essenciais para a qualidade e proteção da saúde da população atendida”, finaliza.
A qualificação, que será certificada pela Escola de Saúde Pública de Mato Grosso, atende uma demanda de quase 20 anos.
Sandra Carvalho SES/MT
A execução do Programa de Qualificação de Agentes Indígenas de Saúde e de Saneamento em Mato Grosso, do Ministério da Saúde, foi objeto de uma oficina realizada em Cuiabá nesta segunda e terça-feira (08 e 09.05). A expectativa é de que o curso, que será certificado pelo Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP/MT), tenha início em 2019. A última qualificação foi realizada há 18 anos.
A oficina conta com a participação de representantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGTES), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), dos cinco Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIS) de Mato Grosso, do nível central da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT) e da ESP/MT e também do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condis) do Xingu.
Regina Célia de Rezende, coordenadora geral de Planejamento e Orçamento da Sesai, explica que a qualificação tem sido reivindicada há bastante tempo, principalmente durante as Conferências Nacionais de Saúde Indígena, que já chegou à sua sexta edição.
“Há quase 20 anos eles estão pedindo a qualificação e agora o Ministério da Saúde está conseguindo implementar. Paralelo a isso, estamos vencendo os obstáculos para regulamentar a profissão dos agentes indígenas”, pontuou.
O curso foi elaborado pela Fiocruz há três anos e desde o ano passado ele está em fase de implementação. “Não é muito simples, porque envolve orçamento e também vários parceiros, além dos próprios indígenas. Tem que haver um esforço muito grande de todas as instâncias envolvidas”, justificou.
A expectativa é de que a oficina resulte em uma planilha com o orçamento da qualificação para que, a partir dela, seja produzido um instrumento jurídico de gestão que possibilite o repasse financeiro aos parceiros para a execução do programa em Mato Grosso. Participarão da qualificação todos os agentes indígenas de saúde e de saneamento que são contratados do Ministério da Saúde.
A diretora da ESP/MT, Carmen Silvia da Costa Machado, vê com bastante entusiasmo mais esta missão. “A Escola de Saúde Pública de Mato Grosso está ocupando cada vez mais espaços em busca da formação e qualificação profissional permanente aos trabalhadores da saúde em busca da melhoria dos serviços de saúde, da qualidade de vida da população e do fortalecimento do Sistema Único de Saúde no Estado de Mato Grosso”.
Glaucio Uapodonepa Boroponepa, indígena Umutina do município de Barra do Bugres, conta que trabalha há cinco anos como agente de saneamento e que até hoje não passou por nenhum curso de qualificação do governo federal.
“Eu aprendi olhando as outras pessoas a fazerem o serviço. Gosto muito do que faço e estou com uma esperança muito grande em relação a qualificação. Nós trabalhamos a saúde e a escola em conjunto com a comunidade, com as lideranças e quero repassar tudo o que aprender para o meu povo, para eles também saibam me cobrar”, contextualiza o agente.