Aulas presenciais são ministradas pelo Sesi em canteiro de obras de Cuiabá
Aprender a escrever o próprio nome é a meta do trabalhador José Amélio de Oliveira que, aos 62 anos, decidiu voltar a estudar por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ele nunca entrou em uma escola na infância, mas, na terceira idade, decidiu participar das aulas oferecidas gratuitamente pelo Serviço Social da Indústria (Sesi MT) no canteiro de obras onde trabalha, em Cuiabá.
“Nunca entrei em uma sala de aula quando era criança, pois trabalhava na roça. Em 2010, comecei na EJA e parei. Agora, decidi voltar para aprender a escrever meu nome e dos meus amigos. Se não aprender desta vez, eu desisto, mas acho que vou conseguir pelo menos isso antes de me aposentar”, diz o rondonopolitano.
O armador Adeilton dos Santos, 44 anos, também está na sala da EJA e hoje sabe apenas copiar o próprio nome. Mas o sonho dele vai além: ele quer cursar uma faculdade. “Sou nordestino e morava na Zona da Mata. Lá, ou você trabalhava ou estudava. Com uma família de 10 irmãos, sendo eu um dos mais velhos, meu pai decidiu pelo trabalho. Não estudei quase nada e sempre tive muita vergonha de ter que usar a digital. Só quando cheguei a Cuiabá, em 1999, aprendi a copiar meu nome”, conta.
A construção civil foi a área em que Adeilton encontrou como opção para trabalhar e, hoje, também para estudar. “A empresa deu a oportunidade e peguei com a mão. Quero aprender a ler e escrever e o que faltava era essa oportunidade. É difícil depender das outras pessoas para poder fazer as coisas por você. Acho que minha vida teria sido diferente e muito melhor, mas nunca é tarde para fazer faculdade e ter o diploma exigido pelas empresas. Esse é meu sonho”.
De acordo com a superintendente do Sesi MT, Lélia Brun, a elevação da escolaridade faz parte da missão do Sesi e a retomada dos estudos demonstra a importância da educação em todas as fases da vida. “Por isso, idade não deve ser impedimento para voltar a estudar e esta turma em Cuiabá representa muito bem isso. Ao aprender a ler e escrever, esses trabalhadores terão mais independência e também oportunidades de crescer dentro da empresa”, completa.
Com duração de 18 meses, as aulas têm carga horária de 1.600 horas, correspondentes ao Ensino Fundamental I (1ª a 4ª séries) e são destinadas aos trabalhadores da indústria que desejam aprender a ler e escrever.
Desenvolvimento de senso crítico, expansão do vocabulário, melhora da escrita e aumento do conhecimento são apenas alguns dos principais benefícios adquiridos por quem lê. Para estimular este hábito entre crianças e adolescentes da Escola Estadual Ulisses Cuiabano, a partir desta terça-feira (24.04), em homenagem ao Dia Mundial do Livro comemorado nesta segunda-feira (23), o Goiabeiras Shopping passa a ser ponto de doação para o Projeto de Leitura Assistida. A expectativa é receber 835 livros no Espaço Livre Livro, localizado no 1º piso.
Dificuldades marcantes como vocabulário precário, falta de compreensão, erros ortográficos e poucas produções significativas pelos alunos chamaram a atenção do diretor e professor de Língua Portuguesa, Dimas Antônio, responsável pela elaboração do projeto. Ao todo, são 26 os títulos pedidos que atenderão alunos dos 7º, 8º e 9º anos. Entre as obras está o livro Fábulas de Esopo, que custa a partir de R$ 10,90.
“Queremos melhorar nossos resultados na Prova Brasil e no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Identificamos que muitos dos nossos alunos não conseguem ler e nem interpretar, e o projeto é uma forma de tornar rotina a leitura na escola. Essa é a razão da campanha de arrecadação”, conta o diretor.
Para ele, o espaço oferecido pelo shopping deverá ajudar muito o projeto. “Acredito que podemos até mesmo dobrar o número de livros para a nossa escola, pois o shopping é uma vitrine onde passa muita gente. Muitas pessoas não sabem onde fica a escola, já o Goiabeiras todos os moradores de Cuiabá sabem onde é. Agradeço está abertura, pois vai ajudar demais também pela possibilidade de aumentar o número de leitores da escola”, avalia.
Amor pela literatura
Quando entrou na escola, aos sete anos, Dimas já sabia ler e escrever. A mãe dava aulas para ele. “O meu primeiro livro de literatura clássica foi ‘O Seminarista’, quando tinha apenas 11 anos. De lá para cá tomei gosto e, aos 16 comecei a escrever. Já tenho dois livros publicados e um para publicar. Penso que a leitura seja um combustível que nos conduz às demais manifestações artísticas”, avalia.
Para ele, hoje, computadores, videogames e o tempo assistindo televisão geram pouco interesse pela leitura. “Em consequência, observamos dificuldades de aprendizagem no dia a dia. E isso chama a muito a nossa atenção”.
Dia Mundial do Livro
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor está inscrito no calendário anual da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A data é a mesma da morte de Shakespeare, Cervantes e Garcilaso de la Vega, em 1616, e o nascimento de autores como Vladimir Nabokov e George Steiner.
Foto: Dimas Antônio. Crédito: Assessoria.
Com a direção e supervisão de Heloísa Périssé e Ingrid Guimarães, Os Segredos de Almerinda e as CPIS será apresentado no Cine Teatro
Da Assessoria de Imprensa
Se ninguém resolve a CPI do Paletó, Almerinda, que também foi chamada para depor, revela que foi ela quem deu de presente o paletó. E tem mais, ela vai falar o que está acontecendo com a CPI dos Fundos numa sessão de análise de 60 minutos em “Os Segredos de Almerinda”. Sucesso de público há 18 anos, o espetáculo será apresentado no dia 28 de abril, ás 20 horas, no palco do Cine Teatro Cuiabá.
Almerinda George Lowsbi é uma figura com perfil psicológico atípico, que faz revelações bombásticas em suas sessões de análise. Segredos nunca revelados vão surgindo durante os sessenta minutos de duração da peça, tempo aproximado a uma sessão de análise freudiana.
Um dos problemas da personagem é a morte do marido, chamado Richard, as lembranças da infância perturbada, a presença de seu filho com tendências homossexuais, a demissão de uma empregada com mais de 20 anos de serviços prestados e a estreia de um programa de auditório destinado ao público suicida.
Almerinda vai contar outro segredo, que é sobre seu caso amoroso com um político conhecido, após descobrir que é vítima de escutas telefônicas e ser intimada para depor em duas CPIs.
“Eu fui chamada para depor na CPI do Paletó porque eu que dei o paletó de presente para o Emanuel, mas ele tinha bolsos largos. Para você ver que já tinha dinheiro ali e ele teria passado em outro gabinete. Então já estava cheio o bolso dele e eu vou explicar tudo isso. Ainda vou falar sobre a CPI dos Fundos, do Pedro Taques. A gente vai ver o que está acontecendo com os fundos do Pedro. Uns dizem que é um problema de traseira e outros que é um problema de fundos, mas na verdade é de administração”, conta Almerinda, em texto escrito por André D`Lucca.
Almerinda ainda esconde um grande segredo por toda vida, que mudará o rumo de suas sessões de análise.
O texto originalmente criado por D"Lucca, que conta com a colaboração de José Augusto Barbosa, ganhou novo formato com a direção e supervisão de Heloísa Périssé e Ingrid Guimarães, desde 2001.
Este ano tem no elenco D`Lucca e Paulo Nicácio, que faz o analista, assistência técnica de Chris Fontoura, iluminação de Lorivaldo Rodrigues, sonoplastia de Danilo Panda, figurino de Alzira Braga e arte visual de Fernanda Fernandes.
Os Segredos de Almerinda é sucesso de público desde o princípio. Quando esteve no Rio de Janeiro o espetáculo permaneceu durante nove meses em cartaz, lotou o teatro nas 50 apresentações realizadas e foi considerado a grande surpresa da temporada.
Em 2004 D"Lucca ganha destaque ao apresentar uma cena de Almerinda no Domingão do Faustão. O sucesso foi tamanho que a cena foi reprisada nos melhores momentos do ano, daquele programa.
O cenário da peça é composto por Almerinda George Lowsbi, um analista e um divã. Com esses três elementos o ator discorre sobre Os Segredos de Almerinda que fazem o público se esgotar de rir durante os sessenta minutos de espetáculo, enquanto aguardam a grande revelação.
Com censura livre, os ingressos estão sendo vendidos antecipados pelos sites do Cine Teatro Cuiabá e do Guichê Web. Também na bilheteria por R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia entrada). A censura é livre.
Mais informações para a compra de ingressos no contato (65) 2129-3848 e para inscrições das oficinas de teatro pelo telefone (65) 99292-9907.
Torneio tem o objetivo de arrecadar alimentos para ajudar famílias carentes
A Associação de Oficiais da Reserva do Exercito Em Mato Grosso (Aore-MT) realizou no mês de abril o Primeiro Torneio Solidário Aore-MT, os jogos de futebol aconteceram em Cuiabá.
O objetivo do Torneio beneficente foi arrecadar alimentos para famílias carentes da capital, oportunizando a integração da sociedade através do esporte, uma vez que tanto a inscrição quanto ingressos para assistir os jogos foi com doações de alimentos não perecíveis. Mais de 500kg arrecadados.
Ao total participaram do Torneio 8 times de futebol, a grande final foi dia 22 de abril entre os times filhos e amigos de Poxoréu contra FC Baile de Monique, na arena Pantanal. Sagrou se vitorioso Filhos amigos de Poxoréu pelo placar 3 gols contra 1.
Para o organizador do Torneio Solidário, Paulo César Machado Ribeiro, a melhor forma encontrada de ajudar o próximo foi o esporte. “A prática esportiva foi nossa forma de sermos solidários com quem precisa, um interação que deu certo e conseguimos atingir nosso objetivo, muitas doações de alimentos, através do futebol”, comentou o organizador.
Os alimentos arrecadados serão doados e distribuídos para um abrigo na região do pedra 90 que atende crianças deficientes e suas famílias.