Segundo a pesquisa que mede o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec), os empresários da capital não se abateram com a crise política e econômica de 2016 e mostram que têm esperanças de dias melhores em 2017.
A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada nesta quarta (25) pela Fecomércio-MT, mostra um patamar levemente otimista por parte dos empresários no mês de janeiro de 2017 (101,4 pontos). O índice permaneceu estável em relação ao mês anterior (101,5 pontos), no entanto, vem apresentando melhora significativa ao longo do último ano, quando atingiu 95,1 pontos em janeiro de 2016.
O Índice varia de zero a 200 pontos, sendo que a pontuação 100 demarca a fronteira entre a avaliação de insatisfação e de satisfação dos empresários do comércio.
Apesar disso, outros subitens da pesquisa mostram situação contrária à de otimismo. O Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) encontra-se muito abaixo da fronteira dos 100 pontos, atingindo em janeiro desse ano 63,8 pontos, resultado melhor do que o registrado no mesmo período de 2016, quando foi de 55,6 pontos. Outro subitem que ainda está abaixo dos 100 pontos é o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que atingiu 92,9 pontos no mês atual, contra 96,5 pontos do mesmo período de 2016.
Para o presidente da Fecomércio-MT, Hermes Martins, o cenário tanto para o empresário quanto para o consumidor deve ser de atenção. “Cautela é a palavra adequada para mostrar o que os empresários estão passando nesse momento no país. Mais pessoas contraíram dívidas na capital, mas também aumentou o número daqueles que não conseguiram quitá-las, sendo assim, a inadimplência deixou os empresários receosos em fazer novos investimentos”. Apesar disso, o empresário do comércio tem expectativas de que as vendas comecem a aquecer nos próximos dois meses, com as liquidações de início de ano. “As promoções são uma estratégia para vender mais à vista, com descontos diferenciados para quem poupou para comprar no dinheiro. Isso evita o parcelamento e uma futura inadimplência”, pontuou o presidente.
Reflexo disso pode ser observado pela Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) que atingiu 154,2 pontos no mês de novembro de 2016, 150,2 pontos no mês seguinte e agora está com 147,4 pontos em janeiro de 2017. O índice chegou a atingir 96,5 pontos em janeiro de 2016, ou seja, um número bem inferior em relação ao registrado no mês atual.
Assessoria Fecomercio-MT
Andréa Haddad | Gcom-MT
Mayke Toscano/Gcom-MT
O ex-governador de Mato Grosso e ex-prefeito de Rondonópolis, Rogério Salles, avalia que o governador Pedro Taques acerta em cheio ao abrir o diálogo, desde a última semana, com prefeitos e vereadores de todas as regiões do estado para ouvir as principais demandas dos gestores, que estão em contato direto com a população, principalmente do interior. Nesta terça-feira (24.01), Salles integrou a caravana do presidente da Câmara de Rondonópolis, Rodrigo Zaeli, que, a convite de Taques, participou de audiência realizada no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
“É importante ter um momento com os representantes das diversas comunidades, das cidades, e o governador Pedro Taques tem procurado canais no sentido de que as ações do Estado nos municípios efetivamente atendam aos anseios da população. Este canal com os vereadores e os prefeitos atende com mais efetividade as necessidades de quem está na ponta. É muito importante esta postura do governador de ouvir”, avalia Salles.
Localizado a 212 Km ao Sul de Cuiabá, o município de Rondonópolis receberá financiamento para início das obras da ponte sobre o Rio Vermelho. A contratação da empresa já foi licitada, só falta a ordem de serviço. Outro passo importante será o custeio de aproximadamente R$ 40 milhões para a drenagem. O presidente da Câmara reivindicou também uma base da polícia. “A população cresceu muito e o município tem várias saídas”. Taques encaminhou o vereador para tratar a questão com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). A comitiva rondonopolitana agradeceu os 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo 10 infantis, providenciados pelo Estado no município.
Por sua vez, o prefeito de Campos de Júlio, José Odenil, recebeu a garantia do governador de que o problema da MT-388, que liga Campos de Júlio à primeira usinaflex do Brasil, a Usimat, que fica a 70 km da cidade, será solucionado. “Os produtores e agricultores fizeram a parte que lhes cabia, mas a situação é crítica. O prejuízo diário é de R$ 100 mil nos últimos dias. Num dia que o clima melhorou fizemos um paliativo, mas é uma obra do Estado que liga Campos de Júlio a Nova Lacerda, porém o trecho mais gritante é até a Usimat”. O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte, garantiu que obteve duas vias de financiamento para a obra.
Mais reivindicações
O prefeito de Campo Verde, Fábio Schroeter, não escondeu o otimismo ao deixar o encontro com o governador. “Fomos muito bem recebidos e nossas reivindicações foram tratadas com prioridade”, relata. Durante a audiência, o gestor focou principalmente na área da saúde pelo fato de o hospital do município atender também às demais cidades da região. “Achamos justo um aporte do Estado”, considera.
Outro pleito é que a entrada da cidade, na MT-140, que liga o trevo do Gardes até Campo Verde, seja restaurada para embelezar a cidade e garantir a segurança de todos. São 13 km de extensão. “Além disso, nesta rodovia há uma erosão muito grande, solicitamos a obra de reparo, e também a pavimentação de 15 km em outro trecho desta mesma rodovia que é de terra, por onde escoa toda a produção da região, que vai para Rondonópolis.”
O prefeito de Paranatinga, Marquinhos do Dedé, e vereadores da cidade, sensibilizaram o governador para as obras necessárias na MT-130, entre Sinop e Sorriso, e na MT-020, de acesso ao Vale do Araguaia. Também solicitaram a instalação de uma unidade da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), a conclusão do Anel Viário, e obras de pavimentação.
Menor município de Mato Grosso, com 1,2 mil pessoas e economia voltada para a pecuária, Araguainha, representada pelo prefeito Silvio José de Morais Filho, cobrou do governador a construção de um ginásio de esportes ou áreas de lazer para estudantes e toda a comunidade. A MT-100, entre Araguainha e Barra do Garças, é um sonho muito antigo prestes a se tornar realidade. “Acredito que terminaremos em meados deste ano. O governador tem se mantido firme neste propósito e a empresa que está executando a obra é bem eficiente”. Por orientação do governador, o prefeito vai aproveitar a estadia em Cuiabá para visitar o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), porque Araguainha não tem loteamento fundiário. “Precisamos regularizar a situação do município, lá ninguém consegue fazer escritura de terreno algum porque está irregular com o órgão. O valor é alto e a prefeitura está inviabilizada no momento, então vamos buscar uma parceria com o Intermat”, explica Silvio José.
Empolgado com a implementação da ferrovia entre Rondonópolis e Sorriso, o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, demonstra entusiasmo com a articulação entre o governador e os investidores na obra. “Temos consciência da importância de Sorriso para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e agora estamos otimistas em sermos inseridos nas negociações para facilitar o escoamento da nossa produção”. Eleito ao primeiro mandato, ele pondera que o momento requer responsabilidade na aplicação dos recursos, uma proximidade com o governador e uma política de melhorias à população.
O governador também recebeu, nesta terça-feira (24.01), no começo da noite, os representantes das Prefeituras e Câmaras de Confresa, Vila Rica e Porto Alegre do Norte.
Investidores internacionais devem financiar a estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI)
Lorena Bruschi | Gcom-MT
Com o objetivo de tratar sobre o interesse da Noruega nas políticas de desenvolvimento sustentável, aliadas à preservação do meio ambiente, a embaixadora do País no Brasil, Aud Marit Wiig, esteve em Cuiabá, nesta terça-feira (24.01). Ela foi recebida pelo governador de Mato Grosso, Pedro Taques, nesta que é a segunda visita à Mato Grosso. Aud Wiig participou de reunião com investidores da estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), adotada pelo Governo do Estado para erradicar o desmatamento até 2020.
“A presença da embaixadora mostra o significado da proposta PCI, não só para nós de Mato Grosso, mas pra todos aqueles países que preservam o meio ambiente e têm um respeito à sustentabilidade. Queremos demonstrar, com essa reunião, não a impressão, mas a certeza de que este programa é importante para a nossa administração. Precisamos falar de investimentos, porque não se faz preservação sem recursos, e isso já está quantificado num plano de ação”, explicou Pedro Taques.
Conforme o governador, a estratégia Produzir, Conservar e Incluir foi estruturada em 2016 e, com este grande passo na articulação de investidores, ele deve sair do papel, e concretizar as políticas públicas. A PCI foi criada por um trabalho em conjunto, que contou com a participação da sociedade civil organizada, por meio das federações de produtores e de trabalhadores, e de pessoas jurídicas e fundações engajadas.
Pedro Taques ressaltou que de 2004 a 2014, Mato Grosso teve um decréscimo no desmatamento ilegal em quase 90%, isso significou 1.9 gigatoneladas de redução de emissão de CO2. “Com os novos trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), capitaneada pelo vice-governador Carlos Fávaro, de agosto de 2015 a 2016, já tivemos uma diminuição do desmatamento em 19%”.
A embaixadora da Noruega, Aud Marit Wiig, frisou que o Estado de Mato Grosso tem demonstrado esforços para conter o desmatamento, e isso está sendo observado pelo mundo todo. “É um prazer estar aqui para acompanhar esta discussão. A Noruega fica satisfeita em acompanhar o progresso contínuo de Mato Grosso, com a implantação do programa PCI. Sem dúvida, uma importante contribuição no combate ao aquecimento global”, avaliou.
Produtividade e proteção ambiental
A visita foi uma oportunidade de aprender mais sobre a estratégia PCI e, principalmente, sobre Mato Grosso, que vai operacionalizar cada uma das metas do programa. A embaixadora ressaltou também que os mais importantes atores estão presentes nesse evento, inclusive, os grandes e pequenos produtores, as Organizações Não Governamentais (Ongs), as universidades, e a sociedade.
“Acreditamos fortemente que seja possível combinar produtividade com a proteção ambiental. Por conta dos resultados já apresentados, o mundo está olhando para Mato Grosso agora. Estamos confiantes de que o Estado pode alcançar os resultados esperados e, para isso, precisamos trabalhar juntos”, afirma Wiig.
A Noruega é um dos maiores investidores do Fundo da Amazônia, e também de projetos que trabalham ações em prol do meio ambiente. O Governo norueguês atua também com uma rede de parceiros, como Ongs, e sociedade civil organizada, para reunir recursos em atividades, como a estratégia PCI em Mato Grosso.
Preservar, Conservar e Incluir
A Estratégia PCI tem como objetivo acompanhar o cumprimento das metas apresentadas na 21ª Conferência Global do Clima (COP 21), realizada em Paris, na França, em 2015. Na ocasião, Mato Grosso se comprometeu em reduzir o desmatamento ilegal a zero até o ano de 2020, e também em realizar ações para conter o aquecimento global.
Segundo o diretor-executivo do Comitê Estadual da Estratégia PCI, Fernando Sampaio, há muitos investidores de fora interessados em colocar dinheiro em Mato Grosso. O objetivo é juntar o grupo de investidores para coordenar esses investimentos dentro do estado para fazer essas metas acontecerem de forma mais efetiva e otimizar o uso de recursos.
“Um plano de ação que tem nove itens, são nove entregas que queremos fazer, e tudo começa com o planejamento estratégico. As organizações aqui presentes já têm algum investimento ou estão planejando algo em Mato Grosso. O que queremos são recursos pra estruturar a estratégia, com a convicção de que ajudar a estratégia vai ajudar os objetivos deles também a acontecerem”, explica Sampaio.
Estiveram presentes também o representante da Embaixada dos Países Baixos, Ramon Gerrits; o vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro; o secretário de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf), Suelme Fernandes; e representantes de organizações que fazem parte da estratégia PCI, como o Fundo de Clima Althelia, do Fundo Amazônia/BNDES, do Tropical Forest Alliance (TFA), da Carbon Trust, e da Fundação Amaggi.
Também foram realizados 667 encaminhamentos para cirurgias de catarata, pterígio e yag laser. Cirurgias começam na quinta-feira (26.01).
Julia Oviedo | Gcom-MT
O papel de encaminhamento para a cirurgia de catarata foi recebido como um verdadeiro presente para o pedreiro José Couto, de 72 anos de idade. Na fila de espera há mais de três anos, o idoso viu o tempo passar e a doença tomar conta de parte de sua visão. O jeito foi deixar de dirigir, uma de suas verdadeiras paixões, e se locomover de bicicleta.
Considerou a cirurgia um presente já que ela está marcada para esta quinta-feira, dia em que completa 73 anos de idade. E após a perda recente de sua esposa com quem foi casado por 51 anos, a Caravana da Transformação serviu para resgatar dentro dele um sentimento de esperança sob um novo olhar. “Vocês me deram muito ânimo”, emocionou-se o idoso.
José é uma das 991 pessoas atendidas no primeiro dia da Caravana da Transformação, que acontece no município de Jaciara até o dia 3 de fevereiro. No total, foram realizados 3.783 procedimentos e 667 pacientes foram encaminhados para cirurgias, sendo 508 de catarata, 90 de pterígio e 69 de yag laser. As cirurgias começam na próxima quinta-feira (26.01).
Os exames servem para detectar o estágio das doenças como a catarata e o pterígio e a necessidade da realização de cirurgias. Por isso, o público-alvo destes atendimentos são pessoas com mais de 55 anos de idade, já que a incidência da doença é maior nesta faixa etária.
Na avaliação do secretário de Estado do Gabinete de Governo e coordenador-geral da Caravana da Transformação, José Arlindo de Oliveira, a experiência do primeiro dia de atendimento foi positiva. “Nós esperamos atender até mil pessoas por dia e ninguém voltou para casa. Todos que vieram foram atendidos pela caravana”, lembrou José Arlindo.
O coordenador-geral da iniciativa também adotou como rotina ao longo das outras três edições do evento uma reunião com a equipe técnica ao final do dia para a avaliação de resultados, prática que permite melhorias em pequenas ocorrências que possam ocorrer durante a caravana. “Buscamos levar sempre o melhor atendimento ao cidadão mato-grossense, cientes do compromisso deste Governo, que é não deixar nenhum mato-grossense para trás”.
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