Fundação Palmares deve participar de projeto para os 300 Anos

21
Junho

Fundação Palmares deve participar de projeto para os 300 Anos

Escrito por 
Publicado em Cultura

 

ALESSANDRA BARBOSA 

Foto: Mário Friedlander

 

O Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc) abriu suas portas nesta terça-feira (19) para receber o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, além de representantes do movimento negro - atendendo ao convite do secretário municipal de Cultura, Esporte e Turismo, Francisco Vuolo, e do secretário-adjunto de Cultura, Justino Astrevo.  O objetivo do encontro foi propor à Fundação ações de promoção de políticas públicas em favor da memória do povo negro, que também, deixou sua marca em Cuiabá. O evento contou com a participação da superintendente Amélia Hirata, do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional – IPHAN.

 

A Prefeitura de Cuiabá vem trabalhando para a união dos povos de todas as raças, credos e tradições, para que tenhamos uma cidade habitada por uma sociedade justa, que respeite as diferenças e tenha orgulho de suas raízes. Para isso, vem atuando em atividades que reverenciem todas as nações, inclusive as africanas. Partindo da premissa da humanização, o prefeito Emanuel Pinheiro tem aberto espaços para expressão de todas as culturas, por meio de ações realizadas pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo como, por exemplo, a primeira Lavagem da Escadaria do Rosário e São Benedito. No decorrer do ano, cursos e seminários foram ministrados e no dia Internacional da Consciência Negra foi realizado um evento intitulado “Kwanzza”.

 

“Tudo que foi colocado pelo presidente vem ao encontro do que estamos construindo em Cuiabá, além de compreender também uma determinação expressa do prefeito Emanuel Pinheiro, de valorizar a diversidade cultural do nosso povo e de nossa origens. Tanto que junto ao movimento negro,realizamos o Kwanzza e abraçamos a Lavagem das Escadarias, duas iniciativas que também serão realizadas ainda este ano, fazendo parte do calendário oficial do município. A vinda da Fundação Palmares à Cuiabá - com a missão de estreitar os laços, aliada ao Iphan, que é um dos nossos maiores parceiros no resgate da nossa história, é motivo de muito orgulho” destacou Vuolo.

 

Vuolo aproveitou o momento para lançar um desafio à Fundação Palmares para as comemorações dos 300 de anos de Cuiabá, tendo em vista que o surgimento da Capital, também veio do ciclo do ouro, dos escravos e se deve muito ao trabalho do negro. “Penso que juntos poderíamos elaborar um belo projeto para as festividades de aniversário. E não há como planejá-lo, sem firmarmos um compromisso entre a Prefeitura, Palmares, Iphan e o Instituto Maria Mendes do Congo”, afirmou.

 

O movimento negro cuiabano vem buscado uma aproximação com a fundação há algum tempo, com o propósito de que seja criada uma extensão da instituição em Cuiabá. “Acredito que se tivéssemos um braço da Palmares aqui, conseguiríamos mais investimentos para estimular a cultura, por meio de ações e atividades das mais diversas” disse Lindisey Catarina de Sá, representante do grupo cultural Kunta Kinté.

Para a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional IPHAN, Amélia Hirata, a aproximação da Fundação Palmares com o município será de grande valia, tendo em vista que o instituto, assim como o IPhan, também prioriza o patrimônio cultural. “Os hábitos, comportamentos e costumes da cultura negra fazem parte de um patrimônio imaterial que deve ser preservado. Vai ser muito bom tê-los por perto” afirma Amélia.

 

O presidente Erivaldo, satisfeito com a reunião, assegurou que não irá medir esforços para que Cuiabá seja contemplada com recursos que promovam a igualdade social. O representante ainda ressaltou que é necessário manter um ideal, baseado na construção coletiva, para que a sua gestão seja focada no resultado.

 

“Um povo sem memória ainda não nasceu. A memória é a grande arma de um povo. Não adianta uma parcela da sociedade querer acabar com entidades como o Iphan e a Fundação Palmares que não vão conseguir, porque trabalhamos com a história de uma nação. Quando me disseram que querem fazer o segundo ‘Kwanzza’, isso só reforçou o meu respeito por esta cidade, porque a Palmares existe para desenvolver políticas públicas. Esse evento é de suma importância para todos nós, porque com ele podemos trazer palestras, seminários e debates gerando uma nova memória coletiva, levando as pessoas à reflexão sobre a raça e sua historiecidade”, ressalta o presidente.

 

A Fundação Cultural Palmares apoia projetos voltados para a promoção, preservação, proteção e difusão dos valores sociais, econômicos, culturais das comunidades tradicionais de terreiro e quilombos e seus recursos financeiros são oriundos de editais, chamamentos públicos e convênios. A instituição atua em três eixos fundamentais para promover a inclusão da população afro-brasileira no rol de direitos previsto pela Constituição: o social, o cultural,e o de gestão da informação.

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