A Academia Mato-Grossense de Letras completa 100 anos no dia 7 de setembro e inaugura nova iluminação, que inclui um projeto no qual a sua fachada terá refletores no sistema RGB, que reproduzem um largo espectro cromático. Em solenidades especiais e datas comemorativas serão acionadas as cores desejadas.
Na inauguração, que ocorrerá às 18 horas, as luzes da fachada estarão verdes, alusivo a data da Independência do Brasil, e na noite de 14 de setembro, quando tomará posse na Cadeira 2, a escritora Marli Walker, já terá outra cor, que remete ao feminino. A última ocupante foi Marília Beatriz de Figueiredo Leite.
Sueli Batista, presidente da AML disse que a comemoração do centenário da instituição foi aberta em maio, com o Sarau Literomusical, que contou com recursos da Lei Aldir Blanc estadual, via Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer. Desde então tem ocorrido eventos todos os meses na Casa Barão, que seguem até dezembro.
Na programação oficial terão ainda: entrega de medalhas acompanhadas de diplomas do centenário, lançamento da cápsula do tempo, que será aberta em 2121; livro memória, com todos patronos, ocupantes das 40 cadeiras, ao longo de 100 anos, e seus respectivos presidentes; a outorga da Comenda José Barnabé de Mesquita , homenagem ao primeiro presidente. O encerramento será com a Cantata de Natal, com artistas se apresentando nas janelas da Casa Barão.
A presidente disse que está buscando parceiros junto às entidades e empresas públicas e privadas para deixar a Casa Barão a altura do centenário de uma das mais antigas instituições culturais de Mato Grosso, visando também reestruturá-la, para receber o público, sendo que o espaço também abriga o Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Mato Grosso, que tem 103 anos.
Foram as empresas Eletro Fios, de Cuiabá e a AVANT, de São Paulo que possibilitaram, como patrocinadores, toda mão de obra e produtos de iluminação que atenderam as necessidades das áreas de fachada, salões nobre e social e o pátio. Diversos lustres estarão sendo instalados, sendo da parceria empresarial, e também antigos, doados pela senhora Diana Esgaib, de família cuiabana e residente em São Paulo. Ela também doou dois móveis antigos para compor o acervo da Casa Barão.
História
A AML é herdeira direta do Centro Matogrossense de Letras, oficialmente instalado no dia 7 de setembro de 1921. Foram 12 os fundadores, que segundo a história eram intelectuais e políticos dos mais ilustres e importantes em Mato Grosso no início do século XX. Foram eles: Carlos Gomes Borralho, Cesário da Silva Prado, Estevão de Mendonça, Francisco de Aquino Corrêa [bispo e ex Presidente do Estado], Franklin Cassiano da Silva, João Barbosa de Faria, João Cunha, José Barnabé de Mesquita [presidente do Tribunal de Justiça], Lamartine Ferreira Mendes, Miguel Carmo de Oliveira Mello, Philogônio de Paula Corrêa e Virgilio Corrêa Filho. Quando passou para Academia Mato-Grossense de Letras.
No ano de 1932, numa sessão realizada no dia 15 de agosto, foi aprovada a transformação do Centro Matogrossense de Letras em Academia Matogrossense de Letras, sendo instalada solenemente no dia 7 do mês seguinte. O número de 40 Cadeiras foi instituído para se adequar a Academia Brasileira de Letras, fundada em 1896. Cada uma das Cadeiras tem um Patrono, que foi escolhido pelos fundadores e pelos acadêmicos que, sucessivamente.
Ao longo de 100 anos a instituição teve 15 acadêmicos eleitos como presidentes, alguns por mais de uma gestão, José Barnabé de Mesquita, Antonio de Arruda, Vanir Delfino César, Antônio Cesário de Figueiredo, Gervásio Leite, Lenine de Campos Póvoas, Clóvis de Mello, João Novis Gomes Monteiro, Ubiratã Nascente Alves , Satyro Benedicto de Oliveira [Vice Presidente no exercício da Presidência, Sebastião Carlos Gomes de Carvalho, Nilza Queiroz Freire, Eduardo Leite Mahon, Marília Beatriz de Figueiredo Leite e Sueli Batista dos Santos, atual.