Uma pesquisa feita este mês pela Fecomércio São Paulo, mostra que o comércio varejista brasileiro deve perder R$ 10,5 bilhões em 2017 devido aos feriados nacionais e pontos facultativos decorrentes da “emenda” dessas datas com o final de semana. Em Mato Grosso, o comércio deve seguir a tendência nacional de queda, em função do não funcionamento das empresas nesses períodos. Até agora, a prefeitura de Cuiabá não divulgou as datas dos feriados municipais. Já o Governo Estadual publicou em Diário Oficial, contemplando os nacionais e apenas dois estaduais. Ao todo, este ano, em Mato Grosso, teremos 11 feriados e 10 dias de pontos facultativos. Os feriados estaduais que valem para o funcionalismo público de Mato Grosso e empresas privadas, são o da Consciência Negra, dia 20 de novembro (segunda-feira) e o do Servidor Público, que cai num sábado, dia 28 de outubro. Quatro feriados vão cair numa quinta-feira, tornando a sexta-feira, ponto facultativo.
A pesquisa mostra que entre os segmentos mais atingidos, estão os de vestuário, tecidos e calçados, que em todo o país, devem perder cerca de R$ 1,1 bilhão com os feriados e pontes de 2017. Isso representa 23% de perda a mais do que em 2016.
Por outro lado, o segmento de “Outras Atividades”, onde é preponderante o comércio de combustíveis, jóias e relógios e artigos de papelaria, deixará de arrecadar 3,9 bilhões.
Embora nos pontos facultativos não exista a obrigatoriedade de que a empresa fique fechada, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado, Hermes Martins da Cunha, alerta que, quanto aos feriados, as empresas que decidirem funcionar, mediante acordo em convenção coletiva com os sindicatos laborais, é importante calcular o custo-benefício de abrir as portas nessas datas. “O empregador que decidir funcionar no feriado, deve levar em conta que terá que pagar 100% a hora do trabalhador, mais os encargos, o que pode não compensar no final das contas”, disse o presidente. “Seria interessante o Governo Estadual pensar em alternativas para estimular o comércio e a economia local, para que, de alguma maneira, esses resultados não sejam tão impactantes para as vendas no varejo. Um exemplo disso, é elaborar uma reforma tributária que contemple a competitividade dos empresários de Mato Grosso ante outros Estados ”, ponderou Hermes.
Assessoria Fecomércio-MT
Andressa Boa Sorte
