Sociedade de Ortopedia orienta população sobre uso de fogos de artifício

29
Maio

Sociedade de Ortopedia orienta população sobre uso de fogos de artifício

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Publicado em Saude Beleza Moda

 

As entidades médicas (Conselho Federal de Medicina - CFM, Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão - SBCM e a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT) se unem para alertar sobre os riscos e perigos desses artefatos, lançando neste mês de junho a campanha Fogos de artifício. Divirta-se com segurança. Uma brincadeira não pode se transformar em trauma.

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2008 e 2016, quase 5 mil pessoas se acidentaram e outras 200 morreram em função do uso inadequado de fogos de artifícios. Tradicionalmente, no mês de junho, acontece quase 1/3 dos acidentes registrados em um ano. Com a proximidade da festa de São João (23.06) e o aumento dos festejos juninos em todas as regiões do país, o número de acidentes provocados por fogos de artifício triplica.

Os produtos só podem ser vendidos em lojas licenciadas pelo Corpo de Bombeiros ou pelas delegacias de Armas e Munições. Menores de 18 anos não podem vendê-los ou manuseá-los. "A primeira recomendação é comprar fogos apenas em lojas vistoriadas pela corporação, onde o alvará esteja fixado em local visível", orienta o presidente da SBOT-MT, Dr. Márcio Augusto Ramos Mendes.

Ainda segundo o ortopedista, manusear o produto tendo consumido bebidas alcoólicas e a reutilização de um artefato com problemas, são os fatores que mais causam acidentes. "Por incrível que pareça as pessoas colocam o rosto no cano para olhar dentro da bateria que não explodiu”, revela. Ele recomenda que nesses casos, deve-se jogar água no produto para evitar uma explosão retardada e que não se tente reaproveitar os fogos que não estourarem.

O presidente lembra que muitas lesões, cortes e até amputação de membros são provocadas pelo uso inadequado dos fogos de artifício, resultando no aumento de traumas ortopédicos registrados nas emergências dos hospitais nesse período do ano. "Além dos traumas, ainda são registrados aumento de queimaduras, comprometimento das córneas, perdas de visão e lesões auditivas. A amputação de membros é o mais grave desses traumas", comenta.

Com o início da temporada de eventos e comemorações em todo o Brasil, incluindo festas juninas e a Copa do Mundo que se aproximam, a entidade ressalta que ao comprar fogos de artifício deve-se tomar alguns cuidados como: sempre escolher os artefatos menos explosivos e de fácil manuseio, conferir a data de validade do produto, não aceitar produtos vencidos, verificar se o artefato escolhido possui certificado de garantia, optar por artefatos que venham com base de encaixe para serem fixado no chão.

Outra dica é para que o lançamento dos foguetes seja feito apenas em lugares espaçosos, com circulação de ar e também descobertos, para não bloquear a trajetória da carga. “Não se deve acender os fogos próximo ao rosto, nem apontá-los em direção a outra pessoa, colocá-los em garrafas ou tijolos, além de jamais soltar o foguete na mão e sempre seguir as orientações do fabricante que estão na caixa”, salienta o presidente.

Por fim, a entidade adverte que em caso de acidente com fogos de artifício, o ferimento precisa ser lavado com água corrente. Deve-se, também, evitar tocar na área queimada e não colocar nenhuma substância sobre a lesão como manteiga, creme dental, clara de ovo ou pomadas. A distância para explodir os fogos com segurança é de 30 a 50 metros.

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