A manutenção do varejo na venda de insumos agropecuários e a geração de negócios sustentáveis foram as motivações para que empresas se unissem para criar a AgriRede Mato Grosso e a AgriRede Goiás, que foram lançadas oficialmente nesta quinta-feira (09), em Cuiabá. Em 2016, a distribuição de insumos agrícolas e veterinários movimentou R$ 23 bilhões em Mato Grosso e R$ 12 bilhões em Goiás e o objetivo da formação dessas associações, que colaboram entre si, é melhorar o atendimento ao produtor rural e manter a competitividade do mercado.
Além de garantir a venda insumos agrícolas de qualidade, regulamentados pelo Ministério da Agricultura, incentivar práticas no campo apropriadas, gerar empregos e qualificação do trabalhador, as AgriRedes oferecerão orientação sobre gestão financeira, suporte na contratação de cursos e treinamentos, intermediação à compra de insumos agropecuários aos associados, o que irá consequentemente levar mais tecnologia para o campo, provocando dessa forma aumento da produtividade e a qualidade dos alimentos que chegam à mesa da população.
"As AgriRedes chegam para juntar as forças dos distribuidores de insumos de Mato Grosso e de Goiás. Cada estado tem uma gestão independente, porém trabalham em coparceria e focadas na realidade local de cada estado", explica o presidente da nova associação em Mato Grosso, Gilson Provenssi. "As associações são formadas por empresas que geram empregos, pagam impostos e prestam assistência técnica para os produtores, mas que tem dificuldades para se manter no mercado. Decidimos então criar as associações para aumentar a nossa competitividade e continuar oferecendo o melhor serviço para o produtor rural".
De acordo com o gerente executivo da AgriRede-MT, Ivan Paghi, a nova associação deve incentivar a troca de experiências entre os associados e o desenvolvimento do setor. "O associado poderá dedicar-se um pouco mais na gestão do seu negócio e oferecer aos produtores rurais assistência técnica mais qualificada e opções de linha de crédito, de forma a facilitar a vida do produtor rural e do trabalhador do campo".
Para o presidente da AgriRede Goiás, Oswaldo Abud Rocha Filho, as transformações no agronegócio exigem esse tipo de iniciativa. "A AgriRede-GO irá otimizar os recursos que nós temos, seja nos processos de recursos humanos, tecnológicos e na troca de informações e experiências. A ideia é que a união das distribuidoras melhore o ambiente de negócios para toda a cadeia produtiva, com ganhos para todos os elos envolvidos", salienta.
Henrique Mazotini, presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV) também esteve presente no lançamento e destacou que o grande ganhador nesse processo, é o produtor rural. "Eu chamo de uma nova era de trabalho, onde é necessário se adequar as mudanças, pra atender cada vez melhor o produtor rural. É um processo de ganha-ganha, entre fornecedores com distribuidores e esses com os produtores rurais".
O cenário econômico produzido pelas empresas que formam as duas AgriRedes é destaque: em Mato Grosso as 79 associadas geram mais de 2 mil empregos diretos e só em 2016 participaram da comercialização de cerca de R$ 1 bilhão em soja e milho na última safra e movimentaram mais de R$ 3 bilhões em insumos agropecuários. Já em Goiás as 34 empresas geram cerca de mil empregos e estão presentes em 77% da área de todas as culturas, com movimentação de R$ 1 bilhão no último ano.
Apesar de atuarem como uma central de negócios, a AgriRede-MT e a AgriRede-GO não têm fins lucrativos. Novas empresas distribuidoras de insumos podem se associar, desde que atendam os requisitos do estatuto de cada associação.
Foto: Helder Faria
Fonte: Pau e Prosa Comunicação
Rosana Persona | Empaer-MT
O agricultor familiar Camilo Lemes de Souza cultiva a banana Farta Velhaco, mais conhecida como banana da terra, há três anos, no sítio Ribeirão do Costa, município de Chapada dos Guimarães (67 km ao Centro-Sul de Cuiabá). Com uma produção semanal de 600 quilos de banana, numa área de sete hectares, o produtor já começou a diversificar o plantio com a inserção de bananas nanicão e maçã. A produção anual da fruta em 2016 foi de aproximadamente 30 toneladas, que foram comercializadas em Chapada e em Cuiabá.
Proprietário de uma área de 97 hectares, o produtor cultiva também mandioca e milho verde. Para a expansão da produção de banana, ele recorreu ao crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) - Mais Alimentos, no valor de R$ 35 mil para investimento e custeio. Camilo de Souza implantou o sistema de irrigação que garante a produção de banana o ano todo, porém a técnica é mais utilizada no verão. “Esse ano não estamos utilizando quase nada, devido às chuvas”, explica.
Satisfeito com a produção do bananal, que rende aproximadamente R$ 1.500 unidades por semana, ele comercializa cada caixa de banana da terra ao valor de R$ 50,00. O produtor está realizando teste com outras variedades, por meio do plantio de 200 mudas de nanicão e 200 mudas de maçã original. Ele ressalta que a banana da terra é mais resistente que as outras variedades, que são bem sensíveis no trato cultural, manejo e na maturação. “Toda produção é comercializada, gostaria de ter o dobro da área. Devido a grande procura do mercado estou investindo também nessas outras variedades e vou aprender muito sobre o cultivo”, enfatiza.
O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Antônio Claret dos Santos, responsável pelo projeto de crédito e assistência, destaca que interessados em investir na cultura da banana devem tomar cuidados com a aquisição das mudas, devido às pragas e doenças como a sigatoka negra, mal do Panamá e broca. No sítio Ribeirão do Costa, a maioria das mudas são oriundas da cidade Cruz das Almas, no estado da Bahia.
De acordo com Claret, o laboratório da Empaer já recolheu 500 mudas no sítio, que foram encaminhadas para testes e multiplicação para conferir o vigor, a qualidade, a sanidade das mudas e outras. O coordenador do laboratório de cultura de tecido vegetal, Marcílio Bobroff Santaella, explica que as mudas são produzidas in vitro, ou seja, são isentas de pragas e doenças como a sigatoka negra e ao mal do Panamá.
Multiplicação
Conforme Bobroff, os métodos de propagação e produção de mudas in vitro vêm sendo desenvolvidos e aperfeiçoados para elevar a taxa de multiplicação em curto espaço de tempo e melhorar a qualidade das mudas. O processo de micropropagação é realizado em fases: a primeira é a escolha da planta matriz, desinfestação do material, estabelecimento, multiplicação, enraizamento e aclimatização das mudas. Durante sete meses, as mudas permanecem com controle de luminosidade e temperatura.
Após a multiplicação e desenvolvimento da planta no laboratório, as mudas vão para a casa de vegetação e, em seguida, para o plantio no campo. Para conferir o comportamento da espécie, foram implantados experimentos no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (CRPTT) da Empaer, no município de Cáceres (225 km a Oeste da Capital). O objetivo é mostrar as unidades com mudas de bananeiras para produtores rurais, alunos e interessados no cultivo da cultura. “Com a micropropagação, será possível obter mudas de qualidade”, conclui
Ônibus panorâmico de Balneário Camboriú se transforma em obra de arte itinerante pelas ruas da cidade e região. A intervenção artística tem assinatura do artista plástico Luciano Martins.
Transformar a paisagem urbana, promover o diálogo da cultura com a cidade, trazer mais ludicidade ao cotidiano e democratizar a arte. Essa é a proposta do artista plástico Luciano Martins, gaúcho radicado em Florianópolis, SC, ao produzir obra de arte replicada no ônibus panorâmico que circula em Balneário Camboriú, no litoral norte catarinense, desde o final do ano passado.
“Gosto muito de viajar e sou um frequentador de ônibus. Para mim é uma experiência fantástica conhecer a cidade dessa forma, porque você acaba tendo uma visão diferente. Por isso ao receber o convite da By Bus Turismo para produzir a arte do ônibus de Balneário Camboriú fiquei bastante satisfeito. É com certeza uma oportunidade de sair do ateliê e da galeria e trazer a arte para o cenário urbano onde irá impactar um número maior de pessoas”, conta Luciano Martins.
“A By Bus Turismo valoriza os artistas locais e busca contribuir em manifestações culturais. Aliar a esse movimento algo que contribua para o desenvolvimento do turismo tem sido um dos nossos objetivos. Por isso fizemos esse convite ao Luciano justamente por trazer uma obra alegre, acessível e que agrada diversas faixas etárias”, explica a diretora da By Bus Turismo Rosana Munhoz.
Apesar de defender a democratização da arte e assinar algumas das obras da Cow Parade, considerada a maior exposição de arte outdoor do mundo, Luciano Martins não imaginava ter uma de suas ilustrações estampadas em um ônibus.
“Sou bastante democrático. Gosto muito de oferecer arte para as pessoas e multiplicar meu trabalho em outras superfícies que não sejam apenas quadros, mas realmente nunca havia pensando em um ônibus. Mesmo assim me senti muito feliz porque Balneário Camboriú tem uma energia contagiante”, revela o artista.
Para inspirar o processo de criação o artista se baseou em características marcantes da cidade que tanto encantam moradores e turistas enquanto desfrutam dos atrativos do município. O padrão do desenho do calçadão, a água de coco, o guarda-sol e um turista com expressão alegre de braços abertos são alguns dos elementos lúdicos que compõem a obra e remete à diversão e ao bem estar.
“Se a pessoa olhar para o ônibus e sorrir com certeza a mensagem foi passada”, diz Luciano Martins.
“A reação das pessoas ao verem o ônibus tem sido tão positiva que já estamos estudando novos projetos para outras cidades. Com certeza teremos novidades em breve”, comenta Rosana Munhoz.
Conheça mais sobre o BC by Bus
O BC by Bus, city tour oficial de Balneário Camboriú, está em funcionamento há mais de 3 meses e conta com o apoio da construtora EMBRAED. Por onde passa chama a atenção e permite a interação dos passageiros com quem está na rua e vice-versa.
Com dois pavimentos, possui capacidade para transportar 73 pessoas e conta com rampa para facilitar o acesso de cadeirantes ao veículo. No pavimento superior não possui janelas, apenas teto retrátil que permite com que circule totalmente aberto ou com utilização da cobertura. Em dias de chuva são distribuídas capas para os passageiros.
Durante o passeio, que tem duração de 3 horas e meia, é possível tirar fotos e ouvir áudios disponíveis em inglês e espanhol com informações sobre os locais visitados. Também acompanha o trajeto um guia de turismo credenciado pela Aguitur (Associação de Guias de Turismo de Balneário Camboriú). O ônibus, que tem como ponto de embarque e desembarque o Atlântico Shopping, passa pelos principais atrativos turísticos de Balneário Camboriú e Itajaí. São previstas três paradas durante o itinerário fixo, são elas: na Barra Sul, na Praia do Atalaia e na Igreja Matriz de Itajaí.
SERVIÇO
City tour com ônibus panorâmico Bc by Bus
Local embarque/desembarque: Atlântico Shopping - Avenida Brasil 1271 – Centro – Balneário Camboriú - SC
Saídas: De terça a sábado às 09h e às 14h e aos domingos às 14h.
Ingressos: R$ 55 adultos e R$ 25 crianças de 4 a 12 anos.
Ponto de venda: Quiosque da Bc By Bus no Atlântico Shopping.
Telefones: 47-4108-0660 ou 99757-8535
Mais informações: http://www.bcbybus.com.br/
Visando amenizar a demanda reprimida por vagas em creches em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Educação (SME) vai abrir mais 3 mil novas vagas em creches no decorrer do ano letivo de 2017.
Para isso, a Secretaria corre contra o tempo para colocar em funcionamento mais três novos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e renova parceria com 26 creches filantrópicas sediadas na capital. A previsão é de que o Termo de Parceria com as filantrópicas seja assinado em até 15 dias.
"Já que sozinho o município não consegue suprir a demanda, a Secretaria tem mesmo que ir em busca de novas frentes de trabalho para reduzir esse déficit de vagas nas creches e CMEI. Essa parceria com as filantrópicas é o jeito mais rápido e simples de amenizar essa necessidade", afirmou Osmário Daltro, fundador da Associação das Creches Filantrópicas de Cuiabá.
"O acordo já está selado! Seremos parceiros de 26 filantrópicas e três que trabalham com pedagogia hospitalar. Vamos fazer oficinas bimestrais com eles, para que aprendam a fazer a prestação de contas dos recursos repassados", frisou professora Mabel.
Outra expectativa é de que os CMEI Jornalista Marcos Coutinho, no Residencial Nova Esperança, e o CMEI Antonio Batista Cruz no Residencial Avelino Barros passem a funcionar até abril. Já o CMEI do residencial Santa Teresinha no segundo semestre.
Somente as filantrópicas tem capacidade para atender 3 mil crianças de 4 meses a 5 anos de idade. Já os três novos CMEI ofertarão, juntos, mais de 700 novas vagas.
A secretária municipal de Educação, Mabel Strobel, se reuniu, na quarta-feira (8), com representantes das unidades filantrópicas para instituir equipe técnica que cuidará do convênio.
Acesso
O acesso às creches filantrópicas é de graça. Os pais não pagam um real para matricular os filhos e para que os pequenos possam frequentar diariamente as unidades. Porém, os pais ou responsáveis pelo aluno podem realizar doações voluntárias em dinheiro, serviços ou alimentos para a merenda, bem como ajudar nas ações beneficentes vendendo sacos de lixo e pizzas.
Parceria
A parceria entre a Prefeitura e as creches filantrópicas ocorrem, por meio da ajuda mútua. As unidades filantrópicas entram com o espaço físico, com os professores, água, luz, telefone, refeições. A Secretaria entra com a destinação mensal de recursos, na ordem de R$ 125 por aluno matriculado, para o pagamento dos professores. Porém, segundo o fundador da Associação das creches filantrópicas, o custo de manutenção de cada crianças na creche é de R$ 600.
"Nestas reuniões também estudamos a possibilidade de corrigir os valores repassados per capita, considerando a desvalorização da moeda com a inflação. O aumento não será grande, porque já trabalhamos com um orçamento já fechado e programado", enfatizou a secretária Mabel.
O complemento dos recursos vem das doações de pessoas, empresas e igrejas. Além disso, a comissão instituída para cuidar do convênio também estudará outras formas de captação de recursos. O vereador Sargento Joelson, também participou da reunião e se colocou à disposição para colocar emendas na próxima Lei Orçamentária Anual (LOA) do município para investimentos e melhorias deste tipo de serviço filantrópico.
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