A sala de aula representa uma chance de centenas de reeducandos avançarem no processo educacional e na ressocialização. E, pensando nisso, 2.995 internos encontraram no lápis, papel e caneta a oportunidade de mudança e ingressaram no ano letivo em 45 unidades prisionais de Mato Grosso.
As aulas do Ensino Fundamental e Médio são ministradas por 149 professores que atuam na Escola Estadual Nova Chance, que cuida especialmente da educação para o Sistema Penitenciário. Em sala, eles representam uma fonte de conhecimento que, ao ser acessada, possibilitará ao aluno a ampliação intelectual, além da remição na pena.
Jhiones de Arruda Mazeto é professor de 25 recuperandos com idades entre 18 e 60 anos da Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis (215 km ao Sul de Cuiabá). Para ele, um dos desafios de trabalhar com a pessoa privada de liberdade é sempre motivá-la a continuar os estudos mostrando que a educação é um dos principais mecanismos de transformação de vidas.
“Dar aulas no sistema prisional é muito gratificante, pois, nos mostra que todos têm direito e acesso à educação e que o estudo é fundamental no processo de ressocialização e reinvenção na sociedade da pessoa privada de liberdade”, diz o professor.
Ele explica que na sua turma são realizadas aulas práticas participativas com dinâmicas, oficinas e debates. Além disso, ocorrem também diálogos vinculadas a vivência e experiência vindo de encontro com a modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Ernesta da Silva Araújo, professora de 30 recuperandos com idade entre 30 a 55 anos, da unidade masculina de Juína, tem em seu quadro de alunos pessoas participativas, interessadas em aprender, o que para ela é motivador como educadora. Pedagoga e pós graduanda em Educação em Direitos Humanos, Diversidade e questões Étnicos-Sociais ou Raciais, a metodologia utilizada por Ernesta em sala de aula é voltada para o diálogo, lúdico e poesia.
“Para um profissional da educação que realmente gosta do que faz, não existe diferença em sala ou ‘cela’ de aula, se têm pessoas que precisam ou que queiram aprender, ali estaremos para construir juntos o conhecimento. Essa é uma oportunidade de despertar o interesse para que o recluso possa dar continuidade na vida pós cadeia”, entende a professora.
Há seis anos ministrando aulas no sistema penitenciário e há três à frente da alfabetização da unidade prisional feminina de Nortelândia, Gizele Cavalcante de Souza, conta que as mulheres acima dos 40 anos de idade têm mais interesse nos estudos. “A gente estimula elas a estudarem. Existem algumas que não querem, alegando que estão velhas demais para isso, mas quando começam se apaixonam e realizam muitos trabalhos brilhantes”, relata a professora.
O coordenador da Escola Nova Chance no Centro Ressocialização de Cuiabá, José Carlos da Silva Adriano, ressalta que é importante incentivar os recuperandos a ver no estudo uma ponte para uma nova vida. Ele acredita que a educação é a porta de saída do círculo vicioso da criminalidade.
“O nosso principal desafio é ganhar esse aluno para educação, por que muitos estão ali pela remição, mas essa é uma oportunidade única em que eles podem aproveitar para realmente aprenderem, já que muitos, ao serem soltos, sentirão vergonha de estudar em uma escola regular por ter pertencido ao sistema penitenciário”, explica o pedagogo.
Nova chance
Os professores acreditam que o estudo é uma ferramenta de transformação na mão de quem deseja por uma vida nova. A coordenadora de Educação Prisional da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), órgão responsável pelo Sistema Penitenciário no Estado, Fabiana Flávia de Magalhães, avalia que a escolha do estudo nunca será invalidada porque o conhecimento é algo que ninguém tira da pessoa.
“Podem te tirar a roupa, a dignidade e a liberdade, mas o conhecimento jamais. Ele é intrínseco. Estará com a pessoa independente de onde estiver”, acredita Fabiana, que continua dizendo que o estudo para quem está privado de liberdade é uma nova chance de ser inserido na sociedade, a qual é excludente por si só. “Oferecer essa chance é dar mão para aquele que precisa de uma oportunidade de transformação e talvez os professores, representados em sala de aula, sejam essa mão amiga”, finaliza.
As ações de humanização da Educação municipal, beneficiarão mais de 50 mil alunos do ensino Infantil e Fundamental da Capital
ROBERTA PENHA
Foto: Luiz Alves
Entre os vários projetos que estão sendo desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação (SME), na gestão do secretário Alex Passos, um dos mais desafiadores e importantes é o “Escola 300”. O projeto, que faz parte do conjunto de ações de humanização da Educação municipal, beneficiará mais de 50 mil alunos do ensino Infantil e Fundamental da Capital.
Nessa nova etapa do projeto Escola 300, está prevista para este mês a retomada da reconstrução de cinco unidades educacionais que estavam com as licitações paralisadas, mas que já foram regularizadas. As unidades que serão reconstruídas são Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Ana Tereza Arcos Krause, EMEB José Torquato, EMEB Maria Eunice, EMEB Maria Dimpina e EMEB Irmã Maria Betty. Destas escolas que passarão pela reconstrução, uma das mais esperadas é a EMEB Irmã Maria Betty, que pegou fogo em 2014 e depois disso não passou por nenhuma reforma. “A gestão Emanuel Pinheiro assumiu em 2017 e na LOA não tínhamos previsão para as obras destas unidades. Para este ano o prefeito alocou recursos para que tenhamos condições de começarmos a reconstrução”, explicou o secretário de Educação, Alex Passos. Ainda dentro desta etapa, está prevista a reconstrução parcial de nove unidades a partir de maio deste ano.
Além disso, o projeto prevê a construção de mais duas EMEBs e seis Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI), sendo que dois serão entregues ainda este ano e os outros seis tiveram os processos de licitação retomados. Também consta no projeto Escola 300 o detalhamento dos serviços de manutenção predial e de equipamentos de baixa, média e alta complexidade, bem como a manutenção rotineira de ar condicionado, bebedouro, fossa e serviço de dedetização das unidades escolares.
A segunda etapa do projeto Escola 300 está focada na climatização e humanização das escolas e creches municipais. Estão previstas também a colocação de telhado em telha termo acústica, substituição total da estrutura metálica e da estrutura elétrica em 66 unidades. Esse mesmo trabalho será feito parcialmente em outras 44 unidades escolares. Segundo informações da equipe de Obras da SME, esta nova estrutura de telhado é bastante vantajosa pois é isotérmica, não permite goteiras, não necessita de forro PVC, e tem uma durabilidade média de 25 anos permitindo a climatização das unidades educacionaia.
A climatização de 100% das unidades escolares do município é aliás o grande objetivo a ser alcançado ao final da segunda etapa do projeto. Serão instalados mais de mil aparelhos de ar condicionado em 131 escolas da rede. “Só para a climatização faremos um investimento de 45 milhões de reais, oriundos de recursos federais, municipais e emendas parlamentares”, revela o secretário.
A via, que dá acesso tanto a Av. do CPA quanto a Rodovial Emanuel Pinheiro, recebeu cerca de 1 km de asfaltamento
BRUNO VICENTE
Foto: Gustavo Duarte
Uma obra que representa não apenas a ligação entre grandes vias, mas também a aproximação das comunidades mais carentes de outros importantes pontos da cidade. Esse foi o sentimento que marcou a solenidade de inauguração da pavimentação da Avenida Dr. Hélio Ponce de Arruda, ocorrida nessa sexta-feira (20). A via, que dá acesso tanto a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA) quanto a Rodovial Emanuel Pinheiro (MT-251), recebeu da Prefeitura de Cuiabá cerca de 1 km de asfaltamento, meio-fio e calçada. Além disso, até junho deste ano, a avenida terá toda sua extensão iluminada.
Investindo o montante aproximado de R$ 700 mil, o Município conseguiu reestruturar a avenida que antes era tomada pela poeira, no tempo de seca, e tronava-se um grande atoleiro, durante o período chuvoso. A entrega da obra, é resultado de uma soma de esforços, entre as secretarias municipais de Obras Públicas e Serviços Urbanos, para cumprir com um dos primeiros compromissos firmados pelo prefeito Emanuel Pinheiro com os moradores do Jardim União, Jardim Vitória, Silvanópolis, e pelo menos outros cinco bairros situados no entorno da via.
“Parabenizo o vereador Marcrean Santos, que foi o primeiro a ir em meu gabinete e pedir para que fizéssemos essa obra, integrando o município e unindo essa região com o centro da Capital. Costumo dizer que sou o prefeito de toda a cidade, mas minha prioridade estará sempre voltada à população mais necessitada. Por isso, estamos fazendo uma gestão próxima do povo, aberta para ouvir todas reivindicações, e disposta a atender com aquilo que o poder público pode oferecer de melhor. Essa pavimentação representa, além de mais celeridade no trânsito, dignidade, respeito e, acima de tudo, faz com que o cidadão tenha orgulho do bairro em que vive”, comentou o prefeito Emanuel Pinheiro.
A Avenida Dr. Hélio Ponce de Arruda é considerada uma importante rota de acesso ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outras instituições do Centro Político Administrativo. Além disso, Por conta da obra de construção da trincheira na Rodovia Arquiteto Helder Cândia (Estrada da Guia/MT-010), a via tornou-se uma nova opção de trajeto para os mais de 20 mil moradores da região. Durante a execução dos trabalhos, a Prefeitura contou ainda com a parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), que realizou os serviços de terraplanagem e estabilização da base e sub-base.
“Desde o início da gestão, o prefeito Emanuel Pinheiro sempre nos cobrou para que conseguíssemos fazer essas pequenas obras que geram grandes impactos positivos na vida do cidadão cuiabano. Graças ao empenho entre as secretarias de Obras e Serviços Urbanos estamos transformando mais um compromisso assumido em um benefício para a população e, ao mesmo tempo, demonstrando que nossa gestão está preparada para enfrentar todos os desafios que a cidade apresenta”, argumentou o secretário municipal de Obras Públicas, Vanderlúcio Rodrigues.
O vereador Marcrean Santos lembrou que, desde 2009, vinha acompanhado de perto toda dificuldade enfrentada pelas comunidades por conta da falta de pavimentação da via. Em seu discuso, o parlamentar destacou outros diversos benefício como regularização fundiária, ações de infraestrutura, e serviços de fornecimento de energia elétrica e água que os bairros mais carentes têm conquistados por meio de um trabalho em parceria entre o Executivo e Legislativo municipal.
“Esse é um momento de extrema satisfação para todos nós, principalmente para os moradores das maravilhosas comunidades dessa região. Viemos para cá com o objetivo de ajudar essa população sofrida. Aproveito esse momento para dar os parabéns ao prefeito Emanuel Pinheiro pela grande gestão que vem fazendo. Cuiabá completa 299 anos e a prefeitura realiza quase 200 ações de melhorias para o cidadão. Cuiabá está mudando e a periferia, que muito falavam estava largada, o prefeito está mostrando o contrário”, disse o vereador.
Representando o bairro Jardim União, uma das comunidades beneficiadas com a pavimentação, o presidente da Associação de Moradores, Janio Flávio de Amorim, destacou que a obra é a representação dos anseios e pedidos da população sendo transformados em realidade. “O que vemos aqui não é uma simples via, mas sim um ato de inclusão social das nossas comunidades com o restante da cidade. E lógico que sempre queremos mais para nossos bairros. Todavia, estamos conseguindo pouco a pouco alcançar cada objetivo graças ao prefeito, que faz questão de deixar a estrutura do Alencastro para viver a realidade do povo”, pontuou o presidente.
Também participaram do ato de entrega a primeira-dama do Município, Márcia Pinheiro, o secretário municipal de Serviços Urbanos, José Roberto Stopa, o secretário-adjunto de Relações Comunitárias, Jonail da Costa, o secretário-adjunto de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento, Marcelo Pires, além dos vereadores Marcrean Santos, Paulo Araújo, Mario Nadaf, Misael Galvão, Sidney de Souza, Dr. Xavier, e diversas lideranças comunitárias.
Ambientada com decoração especial o festival atraiu turistas que se surpreenderam ao passar pela rodovia
ALESSANDRA BARBOSA
Foto: Gustavo Duarte
Desde muito cedo a comunidade Rio dos Peixes, localizada na Rodovia Emanuel Pinheiro, KM 23, está mobilizada em torno das iguarias preparadas a base de milho. O evento que começou hoje (21) é uma iniciativa da Prefeitura de Cuiabá por intermédio da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo em parceria da Associação dos Proprietários de Chácaras do Rio dos Peixes e Adjacências, dando continuidade até às 18h do domingo (22).
A comunidade que se formou na rodovia nesses seus 70 anos de existência, era constituida apenas por bares e restaurantes. Entretando, ao longo dos últimos anos vem buscando alternativas e características próprias. A princípio, começaram a ofertar aos transeuntes frutas frescas e alguns poucos produtos feitos do grão, saindo daí a ideia de fazer o festival de pamonha, para fomentar o turismo e aquecer a economia do lugar.
“Nós entendemos que uma região como esta, que já está bem estruturada em termos de bons restaurantes, aliado ao destaque natural que é a produção da pamonha no local. Decidimos junto com a comunidade fazer este primeiro festival. É vontade do prefeito Emanuel Pinheiro fazer com que a prefeitura, cada vez mais, aproxime o turismo e o ecoturismo das comunidades rurais. E a comunidade Rio dos Peixes tem uma tradição muito grande, com mais de 70 anos de história e mais de 280 chácaras no seu entorno. O que nós queremos é que, as pessoas que passem por aqui, comecem a despertar para esta região, que com certeza será mais uma referência para o turismo em Cuiabá”, assegurou Francisco Vuolo, secretário de Cultura, Esporte e Turismo.
O primeiro dia do Festival de Pamonha da Comunidade Rio dos Peixes está atraindo um público especial que daqui para frente pretende realizar eventos como esses, misturando gastronomia em um ambiente próximo a natureza.
A movimentação está surpreendendo quem passa para ir a Chapada dos Guimarães. Além do comércio habitual, para o festival, recebeu uma ambientação preparada pela secretaria adjunta de Tturismo que sinalizou a estrada com motivos que remetem aos pratos produzidos com o milho. A turista de Cacoal, Rondônia, Brenda Cofrin que passou pela Central de Atendimento ao Turista - CAT Móvel para saber mais sobre o evento e sobre o turismo da Capital, se surpreendeu com o evento.
“De longe eu vi a sinalização e pedi para meus amigos pararem o carro por que eu adoro pamonha e eles também. Já comi uma e estou levando para casa bolo e cural e ainda aproveitei pra pegar algumas informações turísticas, já que é a primeira vez que viemos para cá”, disse Brenda.
Ao longo de aproximadamente dois quilômetros da área comercial que a comunidade ocupa é possível visualizar barraquinhas feitas de taquara e teto de palha de coqueiro enriquecendo ainda mais essas delícias, cujos preços variam entre R$ 6 a R$ 7, da pamonha, do bolo e do cural.
“Estamos trabalhando desde ontem nos preparando para acolher quem parar aqui e vier experimentar nossa pamonha. Nossa comunidade é antiga, mas só de dois meses para cá montamos a associação e resolvemos nos unir para melhorar os serviços que a comunidade oferece. Agora é o festival da Pamonha, depois pretendemos fazer o festival do peixe , porque tem muito chacareiro aqui que tem pesqueiro e depois vamos o festival do Pequi, que também temos demais. Tudo com apoio da prefeitura, é claro”, prevê o presidente da Associação dos Proprietários de Chácaras do Rio dos Peixes e Adjacências, Joelson Marques.
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